TAP: Galamba considera pedido de demissão da oposição como “acto de desespero” e reitera que não mentiu

João Galamba considera “um acto de desespero” as tentativas da oposição em pedir a sua demissão.

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O ministro das Infra-estruturas, João Galamba, desvaloriza os ataques da oposição que pede a sua demissão, considerando-os como "acto de desespero". LUSA/JOSÉ SENA GOULÃO

O ministro das Infra-estruturas, João Galamba, garantiu nesta quarta-feira estar "absolutamente focado" no seu trabalho, desvalorizando os ataques da oposição que pede a sua demissão, considerando-os como "acto de desespero".

Em declarações aos jornalistas após a cerimónia de lançamento da segunda fase de modernização do terminal de contentores de Alcântara, em Lisboa, o ministro garantiu estar focado no seu trabalho "como a cerimónia de hoje o demonstrou". João Galamba considerou como "um acto de desespero" as tentativas da oposição em pedir a sua demissão, adiantando encarar com "naturalidade e total indiferença", garantindo não ter voltado a pensar em pedir demissão. "As pessoas podem dizer o que quiserem, mas a realidade sobrepõe-se àquilo que as pessoas dizem", salientou.

"O PSD pode dizer o que quiser. É natural que se foque apenas no último ponto [da comissão parlamentar de inquérito à TAP] e já foi tudo dito. Já o disse várias vezes: qualquer pessoa que veja detalhadamente a minha audição e a do secretário de Estado-adjunto do primeiro-ministro perceberá isso mesmo", reiterou João Galamba.

O secretário-geral do PSD, Hugo Soares, pediu a demissão de João Galamba depois da audição do secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, António Mendonça Mendes, que relatou uma versão diferente da do ministro das infra-estruturas na CPI à TAP. Questionado ainda pelos jornalistas sobre a acusação de ter mentido na comissão, João Galamba respondeu peremptoriamente: "Eu não menti."

Sobre a audição do ex-secretário de Estado Hugo Mendes, João Galamba disse aos jornalistas esperar que a sessão "corra bem", sublinhando não ter "receio" do que possa ser dito.

O ministro das Infra-estruturas avançou também "não temer" o relatório final da CPI, lembrando, igualmente, que grande parte é referente a uma altura em que não tinha responsabilidades "na pasta". "A CPI é sobre a gestão da TAP e, como o primeiro-ministro tem dito várias vezes, grande parte do objecto desta comissão é a gestão da TAP num período anterior à da minha passagem pelo Ministério das Infra-estruturas", salientou.

Instado a comentar o discurso de 10 de Junho do Presidente da República, em Peso da Régua, que falou em "cortar os ramos mortos que atingem a árvore toda" e se estas palavras eram a si dirigidas depois das insistências do Presidente para a demissão do ministro, João Galamba retorquiu não querer "entrar em considerações hermenêuticas sobre botânica e vitivinicultura".

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