O Filho do Homem

Não sei quantas vezes já disse e escrevi que Portugal é um país de velhos que insiste em não ser um país para velhos. Nem para os vivos, nem, ao que parece, para os mortos

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Há mais ou menos meia hora, uma amiga, directora técnica de um lar, ligou-me em estado de profunda estupefacção depois de ter realizado uma chamada para uma família a informar de um óbito. E eu, que acho sempre que já ouvi de tudo e que nada é capaz de me surpreender, acabei o telefonema de boca aberta a pensar que, de facto, a vida é incrível a provar-nos que nada é tão mau que não possa aparecer pior.

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