Super Natural e outros quatro filmes para ver esta semana
O Ípsilon e o Cinecartaz sugerem alguns filmes que se estreiam em sala esta semana e outros que merecem ser revisitados.
Esta primeira longa de Jorge Jácome – realizador das curtas Flores (2017) e Past Perfect (2019) – foi vencedora do Prémio FIPRESCI no Festival de Cinema de Berlim e segue um argumento escrito por si e pelos dramaturgos André e. Teodósio e José Maria Vieira Mendes (leia a entrevista ao Ípsilon).
Com actuações em vários espaços naturais e urbanos da ilha da Madeira, Super Natural mistura documentário e ficção, foi filmado em duas semanas e é protagonizado por é protagonizado por Alexis Fernandes, Bárbara Matos, Bernardo Graça, Celestine Ngantonga Ndzana, Diogo Freitas, Isabel Gomes Teixeira, Joana Caetano, Maria João Pereira, Mariana Tembe, Milton Branco, membros da Dançando com a Diferença, uma companhia madeirense de arte inclusiva.
Nas palavras do realizador, "este filme não quer ser nada para poder ser tudo. Existe esta ideia de que tudo é uma possibilidade, a ficção é uma possibilidade, o documentário é uma possibilidade, o experimental também é. O próprio filme reflecte sobre isso, sobre quebrar fronteiras, seja do espectador com o filme, seja de géneros fílmicos, seja de formatos. É como se não quiséssemos nunca delimitar uma ideia de formato"
Signe e Thomas amam-se, mas não conseguem evitar estar em constante competição um com o outro. Quando ele ganha notoriedade enquanto artista, ela deixa-se levar pela inveja e tenta encontrar um modo de sair do anonimato. Para isso, dando azo às suas tendências obsessivas e autodestrutivas, começa a tomar Lidexol, um medicamento para a ansiedade há muito retirado do mercado por se provar causar graves problemas de pele.
Com o rosto a desfigurar-se progressivamente, Signe tenciona chamar atenção sobre si e criar uma nova persona, muito mais interessante e famosa do que Thomas. E, contra todas as probabilidades, consegue.
Uma comédia negra sobre rivalidade e narcisismo, escrita e realizada pelo norueguês Kristoffer Borgli. Kristine Kujath Thorp e Eirik Sæther dão vida aos protagonistas; Fanny Vaager, Henrik Mestad, Andrea Bræin Hovig, Steinar Klouman Hallert, Fredrik Stenberg Ditlev-Simonsen, Sarah Francesca Brænne e Anders Danielsen Lie asseguram o elenco secundário.
Críticas, salas e horários
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Miles Morales era um adolescente igual a tantos outros até descobrir ter sido picado por uma aranha e adquirir superpoderes. Fã incondicional do Homem-Aranha, resolve seguir-lhe os passos e dá início a uma vida dupla, em que se dedica a capturar vilões e salvar pessoas em perigo.
Agora, é transportado para o Aranhaverso, um mundo onde existem outras “pessoas-aranha”, encarregues de proteger os seus mundos contra as várias manifestações do mal. Quando todos se juntam num combate épico contra um inimigo comum, Miles depara-se com algo inesperado.
Baseada na popular personagem do Universo Marvel, criada por Stan Lee em 1962, esta é a sequela do filme realizado por Bob Persichetti, Peter Ramsey e Rodney Rothman, que em 2019 mereceu o Óscar de melhor animação.
Desta vez, a realização ficou a cargo de Joaquim dos Santos, natural de Lisboa mas residente nos Estados Unidos desde os quatro anos, Kemp Powers e Justin K. Thompson, que seguem um argumento de Phil Lord, Christopher Miller e Dave Callaham.
Ema, uma jovem de rara beleza, casou com Carlos Paiva, sem lhe ter amor. Ela gosta de viver de ilusões, aprecia o luxo e a sua capacidade de inspirar desejo nos homens, o que lhe valeu o epíteto de "A Bovarinha", numa alusão a Madame Bovary, a personagem de Gustave Flaubert.
Ao longo do filme, Ema envolve-se com três homens, mas nenhum parece ser capaz de despertar outro sentimento nela que não seja a desilusão. Num belo dia de sol, depois de se ter vestido como se fosse a um baile, Ema morre afogada no rio Douro. Terá sido um acidente? Ninguém sabe.
Obra-prima de Manoel de Oliveira a partir do romance homónimo de Agustina Bessa-Luís e com o Douro como pano de fundo, este drama de amor frustrado foi realizado em 1993 e conta com as actuações de Leonor Silveira, Luis Miguel Cintra, Cécile Sanz de Alba, Ruy de Carvalho, Luís Lima Barreto e Diogo Dória.
Uma projecção especial na Quinzena dos Realizadores da edição de 2023 do Festival de Cinema de Cannes – que o escolheu como imagem oficial do seu cartaz –, homenageou o filme em memória da sua estreia naquele certame há 30 anos, quando mais de mil pessoas demonstraram o seu entusiasmo aplaudindo longamente de pé, num momento que se tornou histórico em Cannes.
Uma sessão apresentada por Leonor Silveira e Luís Lima Barreto decorre às 21h30 de sábado, dia 3 de Junho, no Cinema Nimas
Auschwitz (Polónia), 1944. O judeu Saul Ausländer (Géza Röhrig) é membro do Sonderkommando, o grupo de prisioneiros recrutados entre os recém-chegados, cuja função é a execução das tarefas mais críticas dos campos de concentração, evitadas pelos alemães. A sua função é limpar as câmaras de gás e enterrar os mortos. Devido à sua condição especial – e para manter secretas as operações de extermínio – este grupo é mantido isolado dos restantes prisioneiros.
Um dia, durante os trabalhos num dos crematórios, Saul descobre o corpo de um rapaz que reconhece como sendo o seu próprio filho. A partir daquele momento, a vida de Saul ganha um novo alento e ele fica obcecado com uma missão quase impossível: resgatar o corpo do rapaz e encontrar um rabino que lhe realize um funeral religioso que salve a sua jovem alma.
Realizado por László Nemes, segundo um argumento seu em parceria com Clara Royer, um filme dramático que arrecadou o Grande Prémio do Júri e o Prémio da Crítica Internacional no Festival de Cannes 2015. Depois de vencer o Globo de Ouro para Melhor Filme Estrangeiro, foi escolhido para representar a Hungria na competição de Óscar de Melhor Filme Estrangeiro da edição de 2016.
Disponível na Filmin