Mais bolsas de estudo e quartos acessíveis: o que pedem os estudantes de Lisboa

A Associação Académica de Lisboa sugere alargar os critérios de atribuição de bolsas para “aumentar o número de estudantes elegíveis”, apoio social nas cantinas e quartos a preços controlados.

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Mais bolsas de estudo e quartos acessíveis: o que pedem os estudantes de Lisboa Matilde Fieschi / Arquivo

A Associação Académica de Lisboa pede um reforço de verbas no ensino superior e mudanças que permitam que mais alunos tenham bolsas de estudo, mais apoio social às cantinas universitárias e mais quartos a preços controlados.

O presidente da Associação Académica de Lisboa (AAL), que representa cerca de cem mil estudantes da Grande Lisboa, alertou esta segunda-feira para a necessidade de uma reforma do financiamento das instituições do ensino superior que permita responder às necessidades dos alunos.

"O sistema educativo não pode continuar a ser o parente pobre da nossa sociedade, porque é através deste sistema que o país cresce e se desenvolve", defendeu Diogo Martinho Henriques, presidente da AAL, que representa 28 associações de estudantes do ensino superior da Área Metropolitana de Lisboa.

Segundo a AAL, existem "casos críticos que vão desde a falta de materiais de apoio ao ensino, problemas infra-estruturais, até à falta de investimento na investigação", mas também faltam respostas para os "problemas de saúde mental, que crescem dia após dia".

Por isso, a associação avançou esta segunda-feira com propostas para corrigir estes problemas, que vão desde garantir que mais alunos possam aceder a bolsas de estudo a ter apoio social nas cantinas universitárias e acesso a quartos a preços controlados.

"Alterar o limiar da elegibilidade na atribuição de bolsas de estudo no ensino superior, definindo-se critérios que tenham em conta a realidade dos estudantes, de forma a aumentar o número de estudantes elegíveis e assim diminuir as desigualdades" é uma das medidas defendidas pela associação em comunicado enviado para a Lusa.

Diogo Martins Henriques pede também um reforço do financiamento das instituições do ensino superior, que conjuntamente com o Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior "permitam o acesso igualitário ao ensino superior".

"Promover o financiamento de programas de inovação pedagógica e desenvolvimento para que, em paralelo, permitam investir na renovação das infra-estruturas e aquisição de materiais escolares" é outra das reivindicações.

A AAL acusou os sucessivos governos de "subfinanciamento do ensino superior", lembrando que na última década o reforço foi de "apenas 17%",ou seja, "ficou aquém da inflação". Por isso, apelou a um reforço de financiamento nas instituições do ensino superior.