Lael Neale: “Tenho mais medo de perder a vida do que da morte”
Era cantora folk canónica, mas, depois de anos de silêncio, regressou transformada. Star Eaters Delight, que apresenta quinta-feira na ZDB, completa a metamorfose. Mistério e assombração.
Havia uma cantora nascida e crescida na quinta dos pais, na Virgínia, Estados Unidos, que pegou na guitarra, pegou na sua voz e cantou delicadas canções folk, muito bonitas, muito de acordo com os padrões, comparadas às de PJ Harvey ou Angel Olsen. Estávamos em 2015 e ela, Lael Neale, chamou ao álbum de estreia I’ll Be Your Man. Depois, tão rápido quanto surgira, desapareceu. Seis anos demorou a reaparecer. Quando o fez, tudo se tornara infinitamente mais belo e estranho, menos previsível, mais misterioso. Acquainted With Night, o segundo álbum, era Lael Neale a tratar a folk como matéria meditativa, etérea, feita de drones em Omnichord, da reverberação de órgãos baratos, de um som cru, analógico, maravilhosamente indefinido: qual gravação de campo, resgatada lá muito atrás no tempo e regressada enquanto assombração.
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