Esta Palma não era para velhos
Houve filmes na competição de Cannes 2023 que se soltaram das amarras, do convencional, da agenda. Que se soltaram do tempo, deste tempo. Foram filmes, isto é um elogio, de velhos.
É a terceira vez que Cannes atribui a mais importante distinção do palmarés a uma cineasta, depois de Jane Campion, por O Piano (1993) e de Julia Ducournau, que aliás integrava o júri da competição deste ano, por Titane (2021). Assim continua, quase sem interrupções, a narrativa feminista nos principais festivais dos últimos anos: em 2022 Veneza distinguiu o documentário All the Beauty and the Bloodshed, de Laura Poitras; em 2021, Ducournau venceu na Croisette e O Acontecimento, de Audrey Diwan, venceu no Lido.
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