Costa muda quase todo o PRR para cobrir falhas e dar mais um ponto percentual ao PIB

Portugal pede mudanças em 15 dos 20 componentes e reforça orçamento em 33%. É como ter um segundo PT 2030, mas com metade do tempo. Aumento de custos já vai em 2500 milhões, em parte pagos pelo OE.

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Mariana Vieira da Silva apresentou esta sexta-feira a reprogramação do PRR LUSA/MIGUEL A. LOPES
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Se a versão original do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) já era difícil de executar, com 16.644 milhões de euros e 115 medidas até 2026, a revisão do PRR que o Governo entregou em Bruxelas esta semana torna o desafio ainda mais hercúleo. Ao "engordar" o plano com 41 medidas (11 novas reformas e 30 novos investimentos) e mais 5555 milhões de euros (dividido por subvenções europeias e empréstimos), o orçamento do "PRR 2.0" passa a 22.200 milhões de euros, para executar em escassos três anos e meio. A melhor maneira de traduzir o gigantesco esforço que terá de ser feito é pensar que o orçamento do PT 2030, para executar até 2029, é quase igual (23 mil milhões). É como se o país passasse a ter dois PT 2030 em simultâneo, mas um deles só com metade do tempo para cumprir.

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