Novos máximos na Euribor a três e seis meses, taxa a 12 meses regressa aos 3,9%

As taxas de juro utilizadas em grande número de empréstimos à habitação continuam a subir, ainda que de forma mais lenta.

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Prestações dos empréstimos à habitação associados às taxas Euribor vão continuar a subir Maria Abranches
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As taxas Euribor têm mantido uma trajectória de subida, agravando os custos dos novos e dos actuais empréstimos à habitação. Na sessão desta terça-feira, os prazos a três e a seis meses renovaram novos máximos desde Novembro de 2008, ao passo que o de 12 meses voltou a ficar acima dos 3,9%.

A taxa Euribor a 12 meses ainda está ligeiramente abaixo do máximo fixado em Março do corrente ano, nos 3,978%, mas a distância é cada vez menor. Este prazo, que actualmente está presente em cerca de 40% dos empréstimos existentes a taxas variáveis avançou para 3,904%, mais 0,011 pontos do que na segunda-feira.

A média da taxa Euribor a 12 meses, valor que serve de referência para os novos contratos e a revisão dos existentes, situou-se em Abril nos 3,757% (3,647% em Março).

Não muito distante do prazo mais longo está a Euribor a seis meses, que subiu esta terça-feira para 3,732%, mais 0,018 pontos do que na segunda-feira e um novo máximo desde Novembro de 2008.

A média da Euribor a seis meses subiu de 3,267% em Março para 3,516% em Abril, mais 0,249 pontos.

Também a subir, mas em valor mais baixo, esteve a Euribor a três meses, nos 3,422%, mais 0,010 pontos e um novo máximo desde Novembro de 2008.

A média da Euribor a três meses subiu de 2,911% em Março para 3,179% em Abril, ou seja, um acréscimo de 0,268 pontos percentuais.

Os prazos a seis e três meses da Euribor representam 33,7% e 22,9% do total dos empréstimos existentes, respectivamente.

As Euribor começaram a subir no início de 2022, depois de mais de seis anos em terreno negativo. A subida foi mais acentuada a partir de 4 de Fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro directoras devido ao forte aumento da inflação na zona euro, o que veio a concretizar-se em Julho do ano passado, e pela primeira vez em 11 anos.

Na mais recente reunião de política monetária, em 4 de Maio, o BCE voltou a subir, pela sétima vez consecutiva, mas apenas em 25 pontos-base, as taxas de juro directoras, acréscimo inferior ao efectuado em 16 de Março, em 2 de Fevereiro e em 15 de Dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos-base, respectivamente em 27 de Outubro e em 8 de Setembro.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário. Com Lusa

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