João Salaviza e Renée Nader Messora escutaram uma história colectiva: os krahô
A dupla de cineastas prolonga em A Flor do Buriti a relação com a comunidade indígena brasileira junto da qual, com a filha Mira, habita parte do ano. Estreia mundial esta terça, em Cannes.
"Foi tudo diferente". Por isso: se o local é o mesmo – Pedra Branca, aldeia do povo indígena krahô no estado de Tocantins, Brasil –, se há a mesma vibração, no filme, de uma cosmogonia dos seres e do espaço de que o plano se mantém como unidade harmoniosa, e se até se vai descobrir A Flor do Buriti, de João Salaviza e Renée Nader Messora na mesma secção do Festival de Cannes, Un Certain Regard, onde há cinco anos Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos recebeu o Prémio Especial do Júri, não se trata no entanto de mais do mesmo.
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