O belo exercício físico de Filipa Reis e João Miller Guerra na Quinzena de Cannes
O fim de um mundo nos gestos de trabalho e de sensualidade: Légua estreia-se esta terça-feira no festival francês.
Légua, o lugar, está a essa mesma distância quer de Amarante quer do Marco de Canaveses. Légua, o filme, está também equidistante do filme social, do melodrama familiar, da ficção e do documentário. Isto é: não se confunde com nenhum desses lugares, não cumpre uma expectativa que lhe fixemos. Reclama antes o movimento dos corpos e dos gestos. De que oferece uma pedagogia (é o filme como aprendizagem): a nós, espectadores, e aos actores. É um dos elogios que se pode fazer à longa-metragem da dupla Filipa Reis/João Miller Guerra, que a Quinzena de Cineastas do Festival de Cannes exibe esta terça-feira.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.