Alberto Manguel em busca de um autor perdido
O romance Todos os Homens São Mentirosos é um divertimento parcialmente metaficcional entretecido numa narrativa de género bem escrita.
Esboçada ainda no século XIX (em Mallarmé, ostensivamente), a “morte do autor” tornou-se no século XX (com os formalistas russos, primeiro, e, depois, e decisivamente, com o estruturalismo francês) um conceito central dos estudos literários. Deixámos de poder ler (se é que alguma vez o pudemos fazer) um texto literário como mero veículo de ‘expressão’ e porta-voz de um indivíduo concreto e autónomo que seria o seu (agora) suposto autor. Que passou a subsistir apenas como instância sobredeterminada pela linguagem.
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