FC Porto bate Famalicão e força Benfica a ganhar em Alvalade

Taremi assinou um póquer com “hat-trick” de penáltis e isolou-se no topo dos melhores marcadores, com 21 golos.

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Pepê provocou segundo penálti da noite EPA/HUGO DELGADO
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O FC Porto fez este sábado o que lhe competia na deslocação a Famalicão, numa noite fértil em penáltis, em que se impôs por 2-4, com quatro golos de Taremi, forçando o Benfica a vencer este domingo em Alvalade para poder garantir o título de campeão na penúltima jornada da I Liga.

A noite teve quatro penáltis, três para os portistas e um para os famalicenses, com o avançado iraniano a assumir os dos "dragões", saltando para a liderança dos melhores marcadores do campeonato, com 21 golos.

No entanto, o FC Porto só conseguiu confirmar o triunfo na segunda parte, depois de uma igualdade (2-2) ao intervalo, graças à reacção dos locais, que tiveram início comprometedor.

À entrada fulgurante do FC Porto, que chegou ao 0-2 em dez minutos — e ainda desperdiçou mais um par de ocasiões flagrantes —, respondeu o Famalicão com um final de primeira parte inspirado, levando o jogo empatado para o intervalo com dois golos nos últimos dez minutos.

Uma reacção que desfez a ideia de que os portistas poderiam ter uma noite descansada depois de terem construído vantagem importante nos primeiros três remates, que só não renderam três golos porque Eustáquio, apenas com o guarda-redes pela frente, atirou contra a anca do brasileiro.

Depois, apesar de ter precisado de repetir o penálti (violação de área por um jogador da casa), Taremi bisou em apenas três minutos. Primeiro, dos onze metros (superou tensão enorme após uma primeira defesa de Luiz Júnior) e logo depois numa excelente desmarcação, a passe de Otávio, em que esperou pela saída de Luiz Júnior para simular o remate e introduzir a bola na baliza com o guardião batido.

Depois dos recentes duelos nas meias-finais da Taça de Portugal, o Famalicão deixava uma imagem muito pálida do que mostrara no jogo do Dragão, arriscando até punição dolorosa. Porém, a brusca queda de eficácia dos “dragões” deu uma segunda oportunidade aos famalicenses: Galeno desperdiçou a oportunidade de fazer o xeque-mate, com o brasileiro a definir mal uma arrancada do meio-campo instantes antes de obrigar Luiz Júnior a defesa atenta.

Aproveitou o Famalicão para se recompor e reduzir por Iván Jaime, num cabeceamento fora do alcance de Diogo Costa. Estava lançado o repto que só não deu em igualdade aos 38 minutos porque Pablo — filho do antigo goleador portista Pena —, não conseguiu bater Diogo Costa em lance de apuro para a defesa portista.

Um pequeno susto, pensaram os visitantes. Nada que a equipa de Sérgio Conceição não fosse capaz de corrigir e que esteve iminente dois minutos depois, não fosse Grujic rematar contra Ivo Rodrigues na última grande ocasião de golo portista da primeira parte.

Mais uma vez, o Famalicão explorava o relaxamento do adversário para evitar ir para os balneários em desvantagem. O golo do empate surgiu, tal como o primeiro dos “azuis e brancos” da marca de onze metros, com Colombatto a não perdoar a incúria de Pepê, que tocou com o pé na cabeça do defesa Otávio Ataíde.

Um erro que os portistas corrigiram na segunda parte, mais uma vez marcada por dois penáltis, ambos para os portistas, que tiveram em Taremi um imperturbável marcador de serviço. Youssouf jogou a bola com a mão, tendo sido denunciado pelo VAR. O defesa voltou a pecar, pisando Evanilson em novo lance decifrado pelo videoárbitro.

Dois momentos marcantes para o encontro que, assim, pendeu para o lado portista, que justificou a vantagem apesar da desconcentração no final da primeira parte.

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