Governo britânico gastou 162 milhões de libras no funeral de Isabel II
A rainha morreu a 8 de Setembro aos 96 anos, na Escócia. O caixão esteve em câmara ardente em Edimburgo, antes de rumar a Londres para as cerimónias. O custo refere-se a todos os eventos.
O governo britânico estima ter gastado 161,7 milhões de libras (cerca de 186,2 milhões de euros) no funeral da rainha Isabel II, em Setembro do ano passado. O valor anunciado, nesta quinta-feira, pelo Ministério das Finanças e Economia diz respeito não só às cerimónias fúnebres de 19 de Setembro, como a todos os eventos periféricos.
Depois da morte da monarca com o reinado mais longo da História britânica, a 8 de Setembro, o país entrou em dez dias de luto nacional, que culminaram no funeral de Estado. Durante esses dias, o caixão esteve em câmara ardente na Catedral de Edimburgo para um velório, antes de partir em direcção a Londres.
Nas ruas da capital, 250 mil pessoas esperaram horas em filas para prestar uma homenagem à rainha nas Casas do Parlamento. Houve mesmo quem tivesse estado mais de 24 horas a aguardar a sua vez.
Entretanto, o sucessor Carlos III, recém-proclamado rei, percorreu as quatro nações do Reino Unido, numa digressão para cumprimentar a multidão enlutada pela morte da soberana.
“As prioridades do Governo eram que estes eventos decorressem calmamente e com o nível apropriado de dignidade, ao mesmo tempo que asseguravam a segurança do público”, fez notar o secretário-geral do Tesouro, John Glen, em comunicado.
O Home Office, que é responsável pelo policiamento e pela segurança nacional, assegurou a maior porção das despesas, com custos a ascender os 73,7 milhões de libras (quase 85 milhões de euros).
Em Setembro, a Polícia Metropolitana de Londres disse que o funeral era o evento com mais policiamento na história daquele país, onde estiveram representantes oficias de todo o mundo a assistir — foram mais de 500 dignitários. A BBC noticiou então que estariam 4000 membros das forças de segurança envolvidos nas operações das ruas.
O funeral foi idealizado e planeado por Isabel II até ao mais ínfimo detalhe e tratou-se de um momento histórico: nunca antes as exéquias de um soberano britânico tinham sido acompanhadas em directo e integralmente pela televisão.
Os custos do funeral de Isabel II deverão ascender a despesa da coroação de Carlos III, também assegurada pelo Governo e que tanta indignação provocou no Reino Unido. Ainda sem dados oficiais, estima-se que os três dias de festa, 6, 7 e 8 de Maio, tenham custado 100 milhões de libras (cerca de 113 milhões de euros).