Uma voz, uma sensibilidade vincada, uma linguagem: Eu.Clides promete
No álbum de estreia, Declive, canta com voz delicada e guitarra virtuosa, entre lugares: Portugal e Cabo Verde, o electrónico e o acústico, a digressão interior e o olhar ao mundo em redor.
A guitarra é lamento melancólico com trinado Dead Combo na alma e Cabo Verde no horizonte. Estamos no labirinto do que sente Eu.Clides, como canta, voz delicada, quase erguida em falsete, no curto arranque de filtro electrónico tão discreto quanto a mancha sintetizada que cobrirá a guitarra. “Subi degrau a degrau/ fiz do precipício uma rampa”, cantará então Eu.Clides e, nos segundos finais de Foco, a primeira do álbum, temos definido o tom da música e o lugar sentimental que ocupará.
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