BYD ataca mercado português com três modelos eléctricos e outros dois na manga

A marca, que começou pela tecnologia e pelo desenvolvimento de baterias, anda há 20 anos a desbravar o mundo automóvel. Chega agora a Portugal, onde quer conquistar uma fatia de mercado com o Atto 3.

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Servido por um motor eléctrico de 150 kW (204cv), o Atto 3 presta-se a uma aceleração de 0 a 100 km/h em 7,3 segundos DR
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A sigla BYD significa Build Your Dreams (construir os seus sonhos, numa tradução livre) e é isso que a recém-chegada marca de automóveis promete cumprir, ao aliar performance a um bom desempenho ambiental, focado na eficiência.

Para começar, há três modelos que se propõem a responder às principais solicitações do mercado nacional: Atto 3, um SUV do segmento C, Han, do segmento E, e Tang, um SUV do segmento E. Depois, até ao fim do ano, é de esperar dois reforços: o Dolphin, do segmento C, e o Seal, para responder ao segmento D. Mas, apesar da alargada gama, as atenções concentram-se para já no Atto 3, que estreia a e-Platform 3.0.

Servido por um motor eléctrico de 150 kW (204cv), o Atto 3 presta-se a uma aceleração de 0 a 100 km/h em 7,3 segundos, com uma velocidade máxima de 160 km/h, sendo equipado por uma bateria de 60,48 kWh, capaz de admitir até 565 quilómetros de autonomia em ciclo urbano (o valor médio em circuito misto, segundo os testes WLTP, é de uma autonomia de 420 quilómetros). O recarregamento em corrente contínua repõe energia de 30 a 80% em cerca de meia hora.

A bateria é, aliás, um dos destaques do carro, tendo resistido ao teste de penetração de pregos e, por isso, funcionando como um componente de segurança. Sem cobalto, a bateria utiliza fosfato de ferro e lítio, o que, explica a BYD, promove a estabilidade térmica.

Já o motor eléctrico 8-em-1 integra a unidade de controlo do veículo, o sistema de gestão da bateria, a unidade de distribuição de potência, o motor de tracção, o controlador do motor, a transmissão, DC-DC e o carregador de bordo, uma opção que tornou o sistema mais eficiente. A somar, o carro apresenta de série uma bomba de calor integrada, que aproveita o calor residual do ambiente, do motor, do habitáculo e até das baterias.

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A estrela da estreia europeia da chinesa BYD, que chega a Portugal através do Grupo Salvador Caetano, é um automóvel muito ao gosto dos clientes do Velho Continente: trata-se de um crossover, que hoje representam as preferências de cerca de metade dos compradores, espaçoso, mas compacto, de tracção dianteira, com mecânicas eléctricas como o quadro legal vai exigir em pouco mais de uma década e com linhas sofisticadas, sublinhadas por detalhes que podem fazer a diferença, seja no desenho da alavanca para abrir as portas por dentro ou nas saídas de ar no interior do veículo.

O exterior foi pensado para privilegiar a capacidade aerodinâmica do automóvel, tendo a BYD conseguido um coeficiente de arrasto de 0,29, sem que o estilo tivesse sido sacrificado: o design dianteiro, explicam, foi inspirado no mundo mítico dos dragões, tão presentes na cultura chinesa, nomeadamente os faróis frontais de LED e a barra da grelha em material escovado, que simbolizam os olhos e os bigodes daqueles animais imaginários.

Com 4455 mm de comprimento e 2050 mm de largura, o Atto beneficia de uma distância entre eixos de 2720 mm de distância entre eixos, o que se pode comprovar no espaço permitido aos passageiros do banco de trás. O conforto é garantido pelos bancos desportivos com design ergonómico, sendo que os dianteiros podem ser aquecidos regulados electricamente. Em termos de arrumação, a mala apresenta uma volumetria de 440 litros, podendo ser esticada até aos 1138 litros com o rebatimento dos lugares traseiros, na proporção de 60/40.

A tecnologia não foi descurada ou não fosse essa a origem da empresa: o painel de instrumentação é digital, num ecrã de 5’’, e todo o infoentretenimento pode ser gerido num ecrã táctil de 12,8 ou 15,6 polegadas, que é rotativo: tanto pode exibir as informações na horizontal como na vertical. O software DiLink 4.0 permite actualizações à distância e o sistema de navegação é de série, além de se poder usar as funcionalidades do telemóvel através do Android Auto ou do Apple CarPlay.

O Atto 3 chega a partir de 41.990€, acima do valor inicialmente previsto, com oferta de wallbox para as primeiras cem encomendas e com uma garantia de 4 anos ou 120 mil quilómetros (a bateria e o motor eléctrico dispõem de uma garantia alargada até aos 8 anos ou 150 mil quilómetros, enquanto a carroçaria usufrui de 12 anos de garantia para perfuração e corrosão).

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