Golo no minuto 93 mantém a esperança para o FC Porto
Os “dragões” chegaram ao intervalo a perder frente ao Casa Pia, mas conseguiram dar a volta na segunda parte e continuam a quatro pontos do Benfica.
Chegou a parecer que seria o KO, mas o FC Porto ainda não atirou a toalha ao chão. Num jogo da antepenúltima jornada da I Liga onde estiveram a perder e voltaram a mostrar pouco fulgor durante dois terços da partida, os “dragões” conseguiram dar a volta ao Casa Pia na segunda parte e, com o triunfo, por 2-1, mantêm os quatro pontos de atraso para o Benfica e os cinco de vantagem para o Sp. Braga.
Embora pressionado pelos resultados da concorrência - vitórias benfiquistas e bracarenses -, o FC Porto entrou em campo pela penúltima vez esta época no Estádio do Dragão com uma sequência de oito vitórias consecutivas – sete desses triunfos pela margem mínima - que não reflectiam a quebra de qualidade de jogo dos “dragões” nesta ponta final de temporada.
Se o momento “azul e branco” não dava grande conforto a Sérgio Conceição, a ausência de Marcano, João Mário e, principalmente, de Otávio, constituíam um problema adicional para o técnico resolver.
Com pouca apetência para apresentar soluções criativas, Conceição voltou a recuar Pepê, colocando Fábio Cardoso ao lado do Pepe e André Franco a (tentar) fazer o papel de Otávio. O resultado, foi um “dragão” com ainda menos chama.
Mesmo não estando num bom momento - uma vitória nos últimos oito jogos; seis partidas consecutivas a sofrer golos -, o Casa Pia, que na primeira volta tinha travado os portistas (0-0), deslocou-se ao Porto sem qualquer pressão e com a perspectiva de ter um duelo com todos os condimentos para usar um dos seus principais trunfos: a velocidade nas transições.
Conseguindo ter, como se esperava, o domínio territorial, os portistas rapidamente começaram a mostrar dificuldades para construírem jogadas com princípio, meio e fim. Pelo contrário, lançando Soma e Godwin em velocidade, o Casa Pia encontrava terreno livre para se aproximar da baliza de Diogo Costa e, depois de Taremi obrigar Ricardo Batista à primeira defesa (fácil) aos 38’, foi Godwin que esteve muito perto do 0-1: aproveitando uma má abordagem de Fábio Cardoso, o extremo nigeriano fez a bola passar a um palmo do poste da baliza “azul e branca”.
O susto deixava o Dragão ainda mais intranquilo, mas, já no período de descontos da primeira parte, o cenário tornou-se ainda mais negro para o FC Porto: Poloni colocou na área e Evanilson, com um toque de cabeça que seria perfeito na outra área, desviou para a própria baliza. Virtualmente, o Benfica passava a ser campeão nacional e o Sp. Braga ficava a dois pontos do 2.º lugar. No entanto, a hipótese de os “encarnados” entrarem na próxima jornada em Alvalade já como campeões não durou muito.
Sem alterações ao intervalo, o FC Porto entrou para a segunda parte a exibir os mesmos problemas, mas após dez minutos onde os lisboetas continuaram a ameaçar, Conceição teve que correr riscos: Veron no lugar de Fábio Cardoso – Uribe recuou para perto de Pepe. A aposta, teve direito a prémio de imediato: um minuto depois, o brasileiro aproveitou uma displicência de Zolotic para oferecer a Taremi o 17.º golo no campeonato.
Sem acusar o golpe, o Casa Pia respondeu com uma grande oportunidade – a qualidade de Diogo Costa evitou que Felippe Cardoso festejasse -, mas com o aproximar do minuto 90, com mais coração do que cabeça, o FC Porto conseguiu empurrar o Casa Pia para perto da sua baliza.
A pressão, resultou em momentos de sufoco para Ricardo Batista e, depois das ameaças de Galeno (76’ e 90’+ 2´), Eustáquio (83’) e Uribe (85’), as últimas apostas de Conceição decidiram o jogo: Toni Martínez assistiu e Danny Namaso garantiu a preciosa vitória para os “dragões”.