Beyoncé está oficialmente de regresso aos palcos, numa festa que é também da moda

Da Alexander McQueen, à Balmain, Mugler ou Loewe, os figurinos da artista na Renaissance Tour são feitos pelas maiores casas de moda. A cantora voltou aos palcos esta quarta-feira, em Estocolmo.

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Há sete anos que Beyoncé não fazia uma digressão a solo
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She’s a God, she’s a Hero, diz a letra de uma das canções de Beyoncé. É também assim que os fãs estão a descrever a cantora, depois da estreia da digressão mundial Renaissance, esta quarta-feira, em Estocolmo, na Suécia. O concerto é não só uma celebração da discografia da “Queen B”, como uma festa da moda, com os figurinos a serem assinados pelas maiores casas de moda, da Balmain à Loewe.

A alcunha de Queen B foi levada a sério para um dos coordenados mais marcantes da noite, uma criação de Casey Cadwallader, director criativo da Mugler, que tem trazido novamente à ribalta a marca de Thierry Mugler (1948-2022). A artista surge num dos formatos icónicos da marca, um corpete de formas geométricas, inspirado numa colecção de 1997, às riscas pretas e amarelas — tal e tal uma abelha rainha. Quem o confirmou foi o próprio designer, incluindo o emoji de uma abelha, na legenda de um vídeo do início do concerto, partilhado nas suas redes sociais, onde agradecia também à responsável pelo guarda-roupa da cantora, Shiona Turini.

A contrastar com os cenários holográficos do espectáculo, um dos vestidos mudou de cor quando exposto a uma luz UV, num momento quase de magia. De imediato, os fãs começaram a comentar de que se trataria de um modelo da marca japonesa Anrealage — que tinha apresentado uma criação semelhante na colecção de Outono 2023. Através das histórias de Instagram, a marca partilhou uma fotografia da artista, confirmando as suspeitas.

Há sete anos que Beyoncé não fazia uma digressão a solo e, como tal, não só apresentou o novo álbum Renaissance, lançado no Verão passado, como recordou alguns dos êxitos da premiada carreira, sem esquecer Diva ou Love on Top. Para alguns dos momentos mais sensuais da noite — incluindo um número no varão para Drunk in Love —, a cantora de 41 anos escolheu um macacão cintilante com várias “mãos” a abraçar-lhe o corpo. É assinado por Jonathan Anderson para a Loewe.

É claro que Beyoncé não se esqueceu de alguns dos seus criadores favoritos, como é o caso de Olivier Rousteing, com quem já lançou, aliás, uma colaboração dedicada ao Renaissance, que usou na capa da Vogue francesa em Março. Desta vez, o director criativo da Balmain desenhou um corpete coberto em pérolas, digno de alta-costura, que a cantora usou para dar voz a um dos seus maiores êxitos, Crazy in Love — só faltou mesmo o marido Jay-Z, co-intérprete da canção, entrar em palco.

Também o londrino David Koma, que já vestiu a artista por diversas vezes, criou um outro vestido holográfico — sim, foi apanágio do espectáculo. Para cantar Alien Superstar, voltou ao tema especial com um macacão da Courrèges, um modelo adaptado também para os bailarinos, impecavelmente a combinar com a cantora.

Um dos visuais mais poderosos do serão na Suécia ficou a cargo da Alexander McQueen, que reinterpretou um dos coordenados do desfile de Outono 2023 num fato completo, que abraça as formas curvilíneas de Beyoncé, exagerando as ancas. A contrastar: um minivestido colorido da Balenciaga.

O espectáculo incluiu outros momentos que têm feito as delícias dos fãs — muitos dos quais não conseguiram bilhete para a digressão. Beyoncé sobrevoou a arena montada num “cavalo”, evocando a capa de Renaissance, o álbum que descreveu ser uma ode à música dançante e à cultura queer. Para interpretar Cozy, contracenou com uns braços robóticos.

Toda a extravagância se espelhou também na moda. Foi só o primeiro concerto de uma digressão que vai durar até Setembro e espera-se que Beyoncé ainda surpreenda nos coordenados usados em palco. A artista é conhecida por, muitas vezes, usar um visual apenas para cantar uma música numa cidade e por não o voltar o repetir.

A Renaissance Tour não passa por Portugal, onde Beyoncé já esteve três vezes, a última em 2014. O concerto mais próximo das nossas fronteiras terá lugar no Estádio Olímpico de Barcelona, dia 8 de Junho, data única em solo espanhol. A digressão passará os meses de Maio e Junho na Europa – encerra dia 27 daquele mês em Varsóvia —, iniciando depois a digressão norte-americana, dia 8 de Julho, em Toronto, no Canadá. A última data será cumprida em Nova Orleães, nos EUA, no dia 27 de Setembro.

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