Metro de Lisboa reforça o número de carruagens para atenuar constrangimentos

Novas medidas entram em vigor o mais tardar a 20 de Junho. Vai também ser aumentado o número de vigilantes para apoiarem a circulação de pessoas.

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O Matro de Lisboa está em obras para aumentar a rede Nuno Ferreira Santos
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O conselho de administração do Metropolitano de Lisboa anunciou nesta quarta-feira um conjunto de medidas para tentar atenuar os constrangimentos que as obras da expansão da rede estão a colocar aos passageiros, especialmente devido ao encerramento desde o dia 2 deste mês da estação de Telheiras e do troço Campo Grande-Cidade Universitária.

Para responder a um elevado número de utentes e às esperas mais prolongadas nas estações, Vítor Santos, presidente do conselho de administração do Metro, anunciou um plano que passa principalmente pelo aumento do número de carruagens, o que só deverá acontecer a 20 de Junho, embora tenha sido admitido que “a data possa ser antecipada, caso existam condições operacionais para o efeito”.

A primeira medida passa pela retoma da circulação de comboios de seis carruagens na Linha Verde e o início da circulação de comboios de quatro carruagens no troço Odivelas-Campo Grande da Linha Amarela. O troço Cidade Universitária-Largo do Rato continua a funcionar com seis carruagens.

Foi ainda anunciado um “reforço de equipas com pessoal próprio e com recurso a vigilantes na estação do Campo Grande e noutras que se justifiquem” para “ajudar à circulação de pessoas para entrada e saída dos passageiros das composições”.

Vai também ser criado um autocarro em modo vaivém entre a Cidade Universitária e Campo Grande para servir os clientes “nos dias de jogo no Estádio José Alvalade” - nos dias 13 e 21 deste mês - e “na Bênção de Finalistas” a 20 de Maio.

Questionado se este vaivém não poderia também funcionar em dias normais, Vítor Santos disse que tal não seria possível sem ser aos fins-de-semana e ao final de tarde porque interferia com as redes normais de transportes rodoviários.

O presidente do conselho de administração do Metro assegurou que a empresa tem desenvolvido desde o dia 2 de Maio “acções no sentido de “aumentar o número e a frequência dos comboios, dentro dos limites da capacidade do sistema, passando nas horas de ponta da manhã e da tarde de 9 para 12 comboios na linha Verde, tentando cumprir um intervalo máximo de três minutos e meio”.

Revelou ainda que Metropolitano de Lisboa “articulou previamente com a Câmara Municipal de Lisboa, Carris e Transportes Metropolitanos de Lisboa, a implementação de medidas que permitissem mitigar os efeitos da intervenção”.

“A Carris reforçou as carreiras nos eixos mais afectados pelas interrupções em curso, tendo sido efectuado reforço” nas carreiras Colégio Militar Praça de Londres, Cidade Universitária-Rato e Lumiar-Campo Pequeno e Odivelas-Rossio.

Vítor Santos revelou também que a empresa tentou alugar autocarros de transportes de passageiros para reforçar a oferta existente, mas não o conseguiu fazer devido à falta de motoristas “e por não existirem autocarros disponíveis desde Janeiro”.

“Chegamos a fazer contactos no Porto e não conseguimos alugar. Há uma falta de motoristas que está a afectar toda a Europa. Uma falta na ordem dos milhares”, assegurou.

O presidente do conselho de administração do Metro garantiu ainda que a empresa “continuará a monitorizar detalhadamente a execução da obra e o movimento diário de passageiros nestas novas condições de operação, por forma a identificar e implementar soluções adicionais que permitam atenuar os impactos para os seus clientes”.

A normal circulação nas linhas Amarela e Verde, acrescentou, será retomada às 6h30 do dia 8 de Julho de 2023.

“O Metropolitano de Lisboa lamenta os transtornos causados até ao momento, mas reafirma que estes constrangimentos no funcionamento do serviço de transporte são imprescindíveis para permitir a execução de trabalhos que, pela sua natureza e complexidade, não são compatíveis com a circulação dos comboios”, afirmou.

Vítor Santos, que começou o encontro com a comunicação social por detalhar as obras de expansão de rede em curso, considerou que a futura linha Circular, “a inaugurar no final de 2024, é um projecto estruturante para a cidade de Lisboa e para a melhoria das acessibilidades e das conectividades, uma vez que a rede prevista possibilita o desenvolvimento de uma nova circularidade interna, materializando uma plataforma de distribuição de elevada frequência e conectando, de forma mais eficiente, os serviços metropolitanos”.

O presidente da empresa revelou também que ainda na manhã desta quarta-feira falou com o ministro do Ambiente e da Acção Climática, Duarte Cordeiro, revelando que este está preocupado com os constrangimentos que se tem verificado do Metro e que lhe garantiu “disponibilidade financeira por parte do Governo para atenuar os problemas”.

“Com este plano de acção estamos convencidos que fizemos o que tínhamos de fazer e que tomamos todas as decisões que tinham de ser tomadas”, concluiu Vítor Santos.

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