Para as nossas mães

Se o leitor ainda tem mãe, mexa-se e deixe de lado o tempo perdido com coisas inúteis para se dedicar mais à sua mãe, porque não se mede a falta que ela um dia lhe vai fazer.

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"Há mães que fazem de tudo para estar com os filhos" @petercalheiros
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Mãe é amor, é abraço, é carinho, é presença, é descontracção, é preocupação, é rapidez e lentidão, é sensatez e impulsividade. Na verdade, as mães ajustam-se para caber num espaço mesmo pequeno, desde que seja para cuidar dos filhos.

Mãe no Brasil é “mamãe” e, em Portugal, “mamã”. No dicionário lê-se “mulher carinhosa ou protectora” e “pessoa que chora facilmente”, está tudo dito!

Acho engraçada a expressão brasileira “Pela mãe do guarda”, que serve para mostrar espanto ou para fazer um pedido muito importante, porque é mesmo assim que são as mães: protectoras e muito importantes.

A minha mãe chamava-se Fátima, tal como a mãe da minha grande amiga Sílvia, e só nós é que sabemos a falta que elas nos fazem.

Mãe reza por nós e acredita, mesmo quando nós não o fazemos; faz fila para entrar na agenda dos filhos e até tem WhatsApp para receber notícias no fim do dia, sabendo que alguns filhos respondem primeiro aos amigos, aos colegas de trabalho e aos e-mails, para depois, quem sabe, responderem à sua mensagem de “bom dia”.

Há mães que fazem de tudo para estar com os filhos e esperam ansiosamente por um convite para almoçar, jantar ou mesmo só para um café, nem que sejam elas a pagar. Mãe é assim, não é possível explicar com a razão.

Os filhos acham que as mães são chatas porque elas pedem sempre para levarem um casaco e para ligarem quando chegarem ao destino. Não dormem enquanto não recebem notícias e juram a elas mesmas que não os vão deixar mais sair até tão tarde, mas nem sempre cumprem, e sabem disso.

É verdade que há mães que não são nada disto. Eu não julgo, porque, quem sabe se essas mães não tiveram mãe como sinónimo de amor, ou se a vida amargou tanto que não sabem fazer melhor.

Se o leitor ainda tem mãe, mexa-se e deixe de lado o tempo perdido com coisas inúteis para se dedicar mais à sua mãe, porque não se mede a falta que ela um dia lhe vai fazer.

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