Psiquiatra cria ensaio clínico com impulsos electromagnéticos para melhorar a vida de quem tem esquizofrenia

Em pessoas com esquizofrenia, Nuno Madeira vai aplicar uma terapia com impulsos electromagnéticos para combater sintomas como a dificuldade de motivação ou de relacionamento com os outros.

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Projecto premeia ensaio clínico para estimular zonas específicas do cérebro e, com isso, melhorar a capacidade social das pessoas com esquizofrenia Enric Vives-Rubio

A primeira imagem que nos virá à cabeça sobre esquizofrenia serão os delírios, alucinações ou alterações no comportamento habitual das pessoas. Estes são os chamados sintomas positivos. Mas existem sintomas negativos na esquizofrenia, como a dificuldade em ter motivação e sentir prazer, ou mesmo a incapacidade de se relacionar com os outros e o isolamento social. É aqui que Nuno Madeira, psiquiatra e investigador da Universidade de Coimbra, identifica a principal causa de incapacidade nas pessoas com esquizofrenia. E é isso que vai procurar combater com um ensaio clínico em que utilizará impulsos electromagnéticos (por breves minutos) para estimular as áreas do “cérebro social” – este projecto venceu a terceira edição do prémio FLAD Science Award Mental Health, que garante o apoio de 300 mil euros à investigação clínica em saúde mental em Portugal.

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