Enquanto há quem esteja a colocar em órbita novos satélites, a lançar para o espaço foguetões cada vez mais potentes e mais milionários — com sucesso ou nem por isso — e até a alimentar intrigas internacionais com objectos voadores não identificados, há um homem com um sonho diferente. "Viajar rumo às estrelas de forma responsável e em harmonia com a natureza", escreve Vincent Farret d'Astiès, engenheiro aeronáutico que passou a maior parte da sua carreira a trabalhar como piloto, tanto de aviões quanto de balões de ar quente. Muitos anos de investigação e de revoluções tecnológicas depois, lançou a Zephalto para vender viagens espaciais na estratosfera num balão de ar quente preparado para viagens de baixo carbono.
Nos últimos sete anos, a empresa dedicou-se à criação da Céleste, uma cápsula pressurizada levantada por um balão estratosférico, que está pronta para descolar. A partir do final de 2024, inícios de 2025, os exploradores podem embarcar no balão e viajar a uma altitude de 25 quilómetros (mais de 82 mil pés), flutuando acima de 98% da atmosfera terrestre.
A viagem leva seis horas no total, atingindo a altura máxima após uma hora e meia, e a experiência exclusiva tem um preço de 120 mil euros por pessoa. Cada voo terá capacidade para seis passageiros, sendo que os bilhetes em pré-venda podem ser comprados no site da Zephalto, e inclui experiências gourmet antes da partida, provas de vinho durante o voo e momentos fotográficos estratosféricos.
Refira-se que para este projecto, a Zephalto trabalhou com a agência espacial governamental francesa (Centro Nacional de Estudos Espaciais, CNES) e com outros especialistas aeronáuticos e aeroespaciais (incluindo a Airbus).
Um dos feitos de que a empresa mais se orgulha é o de tentar manter a experiência o mais sustentável possível, segundo apregoam: "Viajar sem poluir, como um veleiro no céu". Para cada voo, Céleste, precisa de 26,6 quilos de CO2. “O nosso método está verdadeiramente em harmonia com a natureza. O voo depende dos ventos, da terra e da estratosfera, do clima em geral”, diz Vincent. “Para nós, o futuro das viagens é admirar o que a Terra oferece de maneira sustentável e respeitosa, usando carbono neutro ou baixo e acabando com o turismo de massas.”
Para pré-reservar é só seguir para esta página, sendo que não precisa pagar já os 120 mil euros, "apenas" dar uma entrada de 10 mil.