Benfica SAD lança novo empréstimo obrigacionista de 40 milhões

“Encarnados” propõem uma taxa de juro fixa bruta de 5,75% ao ano, acima do valor oferecido na última operação. Oferta actual prevê subscrição e troca de obrigações emitidas em 2020.

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Procura das obrigações em 2022 foi 1,5 vezes superior à oferta EPA/RODRIGO ANTUNES
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Tal como aconteceu há um ano, a Benfica SAD lançou nesta quarta-feira um empréstimo obrigacionista com um valor inicial de 40 milhões de euros, como tecto máximo, com uma taxa de juro fixa bruta mais atractiva do que a de 2022, de 5,75% ao ano. No total, serão emitidas oito milhões de obrigações ao valor nominal de cinco euros por unidade.

Esta operação, comunicada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), prevê duas ofertas que vão decorrer entre os dias 2 e 12 de Maio: por um lado, uma oferta pública de subscrição tendo como objecto até oito milhões de obrigações, com o valor nominal unitário de 5 euros e global inicial de até 40 milhões de euros; por outro, uma oferta pública de troca, no mesmo montante, de obrigações emitidas pela Benfica SAD a 15 de Julho de 2020, com data de reembolso a 17 de Julho de 2023.

Apresentando uma taxa de juro superior aos 4,6% de Maio de 2022, as Obrigações Benfica SAD 2023-2026 determinam, no prospecto informativo, que as ordens de subscrição e/ou de troca transmitidas em aceitação da oferta estarão “sujeitas aos critérios de alocação de ordens e de rateio aplicáveis e serão satisfeitas de acordo com os mesmos”, caso a procura exceda a oferta disponível.

De resto, à imagem do que aconteceu há um ano, quando a oferta inicial de 40 milhões de euros acabou por ser aumentada para os 60 milhões, o montante das Obrigações Benfica SAD 2023-2026 também poderá ser reforçado, por decisão do emitente e oferente, através da publicação de uma adenda ao prospecto, aprovada pela CMVM e divulgada até 10 de Maio.

Depois de uma procura que foi 1,5 vezes superior à oferta na última emissão, os "encarnados" esperam agora uma adesão idêntica, recorrendo uma vez mais a um instrumento financeiro que lhes permite reembolsar os subscritores da operação de 2020 e, ao mesmo tempo, contornar o recurso à banca para efeitos de financiamento.

Nas contas relativas ao primeiro trimestre de 2022-23, a Benfica SAD apresentou um capital próprio positivo de 95,7 milhões de euros (activo de 494,6 e passivo de 398,9 milhões), mas um prejuízo de 13,3 milhões de euros, depois de duas épocas de forte investimento no plantel sem grande retorno desportivo. Nestas contas, porém, as "águias" não contemplam ainda a venda milionária do argentino Enzo Fernández ao Chelsea, um negócio que ficou fechado por 121 milhões de euros.

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