Sp. Braga limita-se a confirmar presença na final da Taça de Portugal
Minhotos tinham goleado Nacional na primeira mão e nesta terça-feira cumpriram os mínimos, cedendo um empate diante do Nacional já na recta final.
Pela oitava vez na história, o Sp. Braga vai disputar a final da Taça de Portugal em futebol. Nesta terça-feira, no Minho, o terceiro classificado da Liga limitou-se a confirmar, com um empate (2-2) cedido nos últimos instantes, a supremacia que tinha já mostrado sobre o Nacional na primeira mão da eliminatória.
O carácter do jogo pode resumir-se em duas ideias. Primeiro nesta frase de Filipe Cândido, treinador do Nacional, no lançamento da partida: “Tendo em conta o que foi o resultado da primeira eliminatória, será extremamente difícil que a eliminatória tenha algum interesse”. Depois nas opções de Artur Jorge, que mudou nada menos do que 10 jogadores face ao “onze” que o Sp. Braga apresentou no embate da última jornada, com o Casa Pia — o único resistente foi André Horta.
Depois do 0-5 registado na Madeira, uma reviravolta para o Nacional era pouco menos do que uma utopia, mas os insulares ainda criaram dois lances de perigo no primeiro tempo, o melhor dos quais concluído com um remate de Jota por cima da trave. O domínio bracarense, porém, era inequívoco e, depois de um par de ameaças, o 1-0 chegou mesmo, por Uros Racic. O médio sérvio sofreu uma falta na área e converteu o penálti que daí resultou, aos 33’.
O resultado já não se alterou até ao intervalo, mas a tendência manteve-se no segundo tempo. O Nacional fez três substituições para o segundo tempo, nenhuma delas capaz de travar o ímpeto de Rodrigo Gomes que, logo aos 48’, e perante a passividade dos centrais visitantes, rematou com classe para o 2-0.
O Sp. Braga era um cliente regular da área madeirense e, mesmo sem acelerar muito jogo, ameaçava fazer crescer os números do triunfo. Só que o Nacional não quis fechar a eliminatória sem um momento para recordar e conseguiu chegar ao golo aos 72’, já depois de os anfitriões terem feito as cinco alterações: Clayton, de cabeça, deu o melhor seguimento a uma bola parada.
A auto-estima cresceu e, após um canto, a formação madeirense esteve perto do empate, que acabaria por chegar mesmo, já no tempo de compensação. Após um raide solitário de 50 metros até à área bracarense, Dudu foi carregado por Tormena e encarregou-se, ele próprio, de bater o penálti, garantindo ao Nacional uma despedida digna da Taça de Portugal, apesar do desnível no conjunto da eliminatória (7-2).