Imaginem esta imagem: um corpo a flutuar sob a copa das árvores, "suavemente levado pela correnteza" do rio Gelado, o colete salva-vidas a garantir que não se afunda, e o doce deslizar pelo rio fora, "de olhos e ouvidos na natureza envolvente, por entre a sombra abençoada da vegetação". Ao redor, apenas a Mata Atlântica. Nem sombra de civilização.

Quem desceu assim o rio Gelado foi a Mara Gonçalves, que viajou até Alagoas para descobrir o outro lado deste estado brasileiro – ou seja, tudo o que Alagoas oferece para além das já conhecidas praias paradisíacas. E é muito, sempre com a água por perto.

No tema de capa desta edição da Fugas, a Mara leva-nos até ao sertão e ao rio São Francisco, conhecido como o velho Chico, "a veia líquida que alimenta esta região", e faz-nos viajar entre o património colonial e as histórias de cangaceiros.

 
           
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          Pode um “i” mudar as nossas vidas?

Sentimos a necessidade crescente de procurar uma mobilidade sustentável, mas isso significa que temos de abdicar de design, performance e conforto? Vamos meter os pontos nos “i”.

         
           
 

Mas ficamos a conhecer também o bairro histórico de Jaraguá, em Maceió, onde "ainda se encontram os velhos trapiches, os grandes armazéns onde o açúcar era guardado antes de seguir nas embarcações" e a "casa da engorda" para onde os escravos eram levados quando desembarcavam. E descobrimos o delicioso bordado filé e as histórias de quem o faz, assim como o "milagre do peixe-boi" que foi lançado no rio Tatuamunha (na foto) e o adoptou como casa. A Mara voltou rendida à Alagoas que ainda nos falta descobrir. Vamos descer o rio com ela?

Bom fim-de-semana e boas fugas!