Nova Iorque, eis a primeira “czar dos ratos” — está declarada guerra aos roedores
Em Dezembro de 2022, Nova Iorque começou a procurar um “czar dos ratos”. A czarina Kathleen Corradi estreia o cargo: “Vão ver-me muito mais a mim — e muito menos ratos”.
A guerra interminável da cidade de Nova Iorque contra os ratos tem uma nova comandante. O mayor nova-iorquino, Eric Adams, anunciou na quarta-feira que Kathleen Corradi, funcionária do departamento de educação, foi nomeada a primeira "czarina dos ratos" de Nova Iorque, acção que parte do esforço de Adams para combater a crescente população de roedores na cidade.
"Vão ver-me muito mais a mim — e muito menos ratos", prometeu Corradi, cujo título oficial comunicado numa conferência de imprensa é "directora da mitigação de roedores em toda a cidade". "Há uma nova xerife na cidade."
Adams, que expressou com frequência um profundo ódio por ratos, criou a vaga de emprego no ano passado e procurava alguém "um pouco sedento de sangue", com uma "aura de mauzão". O salário anual rondaria os 120 mil e 170 mil dólares (108 e 153 mil euros).
Corradi, uma antiga professora, não é novata na luta contra os ratos. Anteriormente, já tinha supervisionado os esforços de mitigação dos ratos nas escolas públicas da cidade.
The rats are going to hate her, and New Yorkers will love her.
— City of New York (@nycgov) April 12, 2023
Meet Kathleen Corradi: your Rat Czar.https://t.co/xS5YGWCPsN
Os avistamentos de ratos aumentaram nos últimos anos, de acordo com dados da câmara. Alguns funcionários disseram que a proliferação de “restaurantes de rua” — consequência das medidas para travar a pandemia da covid-19, quando fecharam os restaurantes da cidade — contribuiu para o problema.
O tamanho da população de ratos da cidade é desconhecido. Um estudo realizado em 2014 estimou que existissem dois milhões, ou seja, um para cada quatro residentes.
Adams implementou outras medidas contra o que ele chamou o "inimigo número um de Nova Iorque". Nos últimos meses, a sua administração limitou o número de horas que os sacos de lixo podem ficar nos passeios à espera de recolha e lançou um programa de compostagem nas ruas destinado a reduzir o desperdício alimentar.
Mas o rato castanho, que provavelmente chegou a Nova Iorque durante a era da Guerra da Independência dos Estados Unidos, provou ser um adversário astuto, e que prospera apesar das inúmeras tentativas de o erradicar dos becos e túneis do metro da cidade.