As lojas de animais de estimação vão ser impedidas de vender cães, gatos e coelhos no estado de Nova Iorque, a partir de Dezembro de 2024.
A governadora Kathy Hochul, uma democrata, disse que proibir a venda de animais de estimação em lojas irá ajudar a proteger o bem-estar animal e a combater os criadores em massa.
Nova Iorque juntar-se-á a um pequeno grupo de outros estados, incluindo a Califórnia, Illinois e Maryland, que instituíram proibições semelhantes. A lei deixa a porta aberta para que as lojas de animais trabalhem com abrigos de animais para encorajar as adopções, incluindo o arrendamento de espaço.
"Os cães, gatos e coelhos de Nova Iorque merecem lares carinhosos e um tratamento humano", disse Hochul, numa declaração.
Grupos de bem-estar animal celebraram a assinatura do projecto de lei, enquanto algumas empresas de animais de estimação manifestaram o receio de que os operadores legítimos do sector serão afectados.
O director executivo da Sociedade Americana para a Prevenção da Crueldade contra os Animais, Matt Bershadker, disse que esta é uma "vitória histórica" tanto para os animais como para os consumidores.
"Ao pôr fim à venda de cachorros criados cruelmente, em lojas de animais de estimação, Nova Iorque está a pôr fim a um sistema que permite aos vendedores a retalho e aos criadores comerciais lucrarem com uma brutalidade inconcebível", disse Bershadker.
Uma loja em Long Island alertou numa publicacção do Facebook que a legislação permitiria aos criadores pouco éticos prosperarem no mercado negro. "Acabar com as lojas locais de animais de estimação licenciadas e regulamentadas irá remover as pessoas que vetam os criadores, que asseguram a saúde dos novos animais de estimação com veterinários estabelecidos e que garantem o sucesso de uma nova família para os animais", Jessica Selmer, presidente da People United to Protect Pet Integrity, citada pelo New York Times.
O número de lojas de animais de estimação no estado, que tem estado em declínio, é de cerca de 80.
Em Portugal, as lojas de animais não podem pôr animais nas montras e vitrinas, desde 2018. Os anúncios de venda de animais têm obrigatoriamente de indicar a idade dos animais e, no caso de cães e gatos, a raça.