Real Madrid e AC Milan mais próximos das meias-finais da Liga dos Campeões

Chelsea e Nápoles entraram melhor no Bernabéu e no Giuseppe Meazza, mas não resistiram à ineficácia, à reacção dos adversários e às expulsões que deixam marcas para os jogos da segunda mão.

Karim Benzema voltou a marcar ao Chelsea
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Karim Benzema voltou a marcar ao Chelsea EPA/Rodrigo Jimenez
Rafael Leão esteve em destaque no golo de Bennacer
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Rafael Leão esteve em destaque no golo de Bennacer Reuters/ALBERTO LINGRIA

Real Madrid e AC Milan deram um passo importante rumo às meias-finais da Liga dos Campeões, tendo vencido os respectivos jogos caseiros frente a Chelsea (2-0) e Nápoles (1-0), num duelo entre italianos.

Afastado em 2022, no Bernabéu, no prolongamento, com um golo de Karim Benzema, o Chelsea foi obrigado a reviver a angústia desse momento quando o avançado francês marcou aos 21 minutos.

O capitão dos “merengues” surgiu no momento exacto para completar uma penetração cirúrgica de Vinícius Júnior — que Arrizabalaga ainda desviou com a ponta dos dedos, mas que acabou por deixar a bola na rota de Benzema — e assinar o quarto golo em três jogos na fase a eliminar.

Para a formação de Frank Lampard, que obrigou Thibaut Courtois a bloquear a resposta imediata dos ingleses — Raheem Sterling quase marcava após cruzamento de Reece James —, o golo do Real Madrid confirmava o quão cruel pode ser o futebol, especialmente depois de um início em que os londrinos surpreenderam os madrilenos, tendo estado muito perto de adiantar-se, repetindo a proeza da edição anterior: João Félix rompeu uma avenida até à baliza do gigante belga praticamente no primeiro ensaio de transição, partindo do meio-campo defensivo para rematar contra o guardião belga; Ben Chilwell tentou, igualmente, surpreender os espanhóis.

Dois avisos que tiraram Carlo Ancelotti do “sério”, levando o Real Madrid a investir num futebol mais pressionante. E foi assim que nasceu o golo, após lançamento lateral do Chelsea com recuperação alta e Carvajal a picar a bola para Vinícius na zona de penálti. Em vantagem, o Real Madrid agigantou-se e Vinícius Júnior justificou os elogios do treinador italiano, obrigando Thiago Silva a evitar, sobre a linha, novo golo.

O Chelsea era obrigado a sofrer, com Rodrygo, David Alaba e Fede Valverde a testarem a atenção de Kepa Arrizabalaga na baliza do Chelsea. Apesar do súbito aumento de velocidade do jogo dos “blancos”, o intervalo chegou com a vantagem mínima, sem garantias de uma segunda parte mais tranquila.

Apesar de tudo, o Chelsea acabaria por ver esfumar-se qualquer possibilidade de confrontar o rei dos campeões europeus em pleno Santiago Bernabéu. O primeiro indício surgiu na sequência de mais uma arrancada de Vinícius Júnior, com Luka Modric a entrar no radar de Benzema e a receber um passe que poderia ter acabado num golo de autor do croata. O Chelsea resistia, mas nova investida de Rodrygo forçou Chilwell a cometer falta para vermelho directo... com meia hora para jogar. Esse foi o momento de revelação até para o dono dos “blues”, que previra um 0-3 favorável aos ingleses.

Mas, já sem João Félix em campo, num canto em que o Chelsea ficou impávido e sereno a observar a triangulação de Kroos, Vinícius e Marco Asensio, o jogador espanhol elevou a contagem para 2-0 (74'), encerrando praticamente a discussão da primeira mão.

Nápoles vítima da eficácia

Em Milão, depois da derrota caseira por 0-4 com o quarto classificado da Série A, o Nápoles entrou arrasador, a criar oportunidades flagrantes de golo em catadupa. Por instantes, o Giuseppe Meazza confundia-se com o Dtadio Diego Armando Maradona, ideia confirmada pela incapacidade dos milaneses para responderem à dinâmica da equipa de Luciano Spaletti.

Mas, tal como em Madrid, depois de uma primeira tentativa de Rafael Leão, que saiu centímetros ao lado da baliza de Alex Meret, foram mesmo os “rossoneri” a conseguirem desbloquear o jogo graças a uma arrancada de Brahim Díaz, do meio-campo, com Rafael Leão a surgir na direita e a devolver a bola para o meio, onde surgiu Bennacer a bater Meret.

O Nápoles apresentava-se sem o goleador Victor Osimhen, lesionado, o que se notou na falta gritante de eficácia. O golo de Bennecer acentuou essa impotência, passando a equipa da casa a dominar, com Simon Kjaer a cabecear à barra, enquanto Maignan podia, finalmente, respirar um pouco melhor entre os postes do AC Milan.

Pior, na perspectiva do Nápoles, só a expulsão de Anguissa e, tendo em conta o jogo da segunda mão dos quartos-de-final, a suspensão de Kim Min-jae. Apesar de tudo, e de uma defesa de Maignan a negar o golo do empate, o Nápoles garantia um resultado que, em teoria, poderá recuperar no jogo decisivo

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