Real Madrid e AC Milan mais próximos das meias-finais da Liga dos Campeões
Chelsea e Nápoles entraram melhor no Bernabéu e no Giuseppe Meazza, mas não resistiram à ineficácia, à reacção dos adversários e às expulsões que deixam marcas para os jogos da segunda mão.
Real Madrid e AC Milan deram um passo importante rumo às meias-finais da Liga dos Campeões, tendo vencido os respectivos jogos caseiros frente a Chelsea (2-0) e Nápoles (1-0), num duelo entre italianos.
Afastado em 2022, no Bernabéu, no prolongamento, com um golo de Karim Benzema, o Chelsea foi obrigado a reviver a angústia desse momento quando o avançado francês marcou aos 21 minutos.
O capitão dos “merengues” surgiu no momento exacto para completar uma penetração cirúrgica de Vinícius Júnior — que Arrizabalaga ainda desviou com a ponta dos dedos, mas que acabou por deixar a bola na rota de Benzema — e assinar o quarto golo em três jogos na fase a eliminar.
Benzema pai da Champions ??
— ELEVEN Portugal (@ElevenSports_PT) April 12, 2023
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Para a formação de Frank Lampard, que obrigou Thibaut Courtois a bloquear a resposta imediata dos ingleses — Raheem Sterling quase marcava após cruzamento de Reece James —, o golo do Real Madrid confirmava o quão cruel pode ser o futebol, especialmente depois de um início em que os londrinos surpreenderam os madrilenos, tendo estado muito perto de adiantar-se, repetindo a proeza da edição anterior: João Félix rompeu uma avenida até à baliza do gigante belga praticamente no primeiro ensaio de transição, partindo do meio-campo defensivo para rematar contra o guardião belga; Ben Chilwell tentou, igualmente, surpreender os espanhóis.
Dois avisos que tiraram Carlo Ancelotti do “sério”, levando o Real Madrid a investir num futebol mais pressionante. E foi assim que nasceu o golo, após lançamento lateral do Chelsea com recuperação alta e Carvajal a picar a bola para Vinícius na zona de penálti. Em vantagem, o Real Madrid agigantou-se e Vinícius Júnior justificou os elogios do treinador italiano, obrigando Thiago Silva a evitar, sobre a linha, novo golo.
O Chelsea era obrigado a sofrer, com Rodrygo, David Alaba e Fede Valverde a testarem a atenção de Kepa Arrizabalaga na baliza do Chelsea. Apesar do súbito aumento de velocidade do jogo dos “blancos”, o intervalo chegou com a vantagem mínima, sem garantias de uma segunda parte mais tranquila.
Apesar de tudo, o Chelsea acabaria por ver esfumar-se qualquer possibilidade de confrontar o rei dos campeões europeus em pleno Santiago Bernabéu. O primeiro indício surgiu na sequência de mais uma arrancada de Vinícius Júnior, com Luka Modric a entrar no radar de Benzema e a receber um passe que poderia ter acabado num golo de autor do croata. O Chelsea resistia, mas nova investida de Rodrygo forçou Chilwell a cometer falta para vermelho directo... com meia hora para jogar. Esse foi o momento de revelação até para o dono dos “blues”, que previra um 0-3 favorável aos ingleses.
71’ Entra Asensio | 74’ Marca Asensio ?????
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Mas, já sem João Félix em campo, num canto em que o Chelsea ficou impávido e sereno a observar a triangulação de Kroos, Vinícius e Marco Asensio, o jogador espanhol elevou a contagem para 2-0 (74'), encerrando praticamente a discussão da primeira mão.
Nápoles vítima da eficácia
Em Milão, depois da derrota caseira por 0-4 com o quarto classificado da Série A, o Nápoles entrou arrasador, a criar oportunidades flagrantes de golo em catadupa. Por instantes, o Giuseppe Meazza confundia-se com o Dtadio Diego Armando Maradona, ideia confirmada pela incapacidade dos milaneses para responderem à dinâmica da equipa de Luciano Spaletti.
Que contra-ataque do Milan ????? E assistência para Rafael Leão ??
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Mas, tal como em Madrid, depois de uma primeira tentativa de Rafael Leão, que saiu centímetros ao lado da baliza de Alex Meret, foram mesmo os “rossoneri” a conseguirem desbloquear o jogo graças a uma arrancada de Brahim Díaz, do meio-campo, com Rafael Leão a surgir na direita e a devolver a bola para o meio, onde surgiu Bennacer a bater Meret.
O Nápoles apresentava-se sem o goleador Victor Osimhen, lesionado, o que se notou na falta gritante de eficácia. O golo de Bennecer acentuou essa impotência, passando a equipa da casa a dominar, com Simon Kjaer a cabecear à barra, enquanto Maignan podia, finalmente, respirar um pouco melhor entre os postes do AC Milan.
Pior, na perspectiva do Nápoles, só a expulsão de Anguissa e, tendo em conta o jogo da segunda mão dos quartos-de-final, a suspensão de Kim Min-jae. Apesar de tudo, e de uma defesa de Maignan a negar o golo do empate, o Nápoles garantia um resultado que, em teoria, poderá recuperar no jogo decisivo