China regista primeira morte de subtipo raro (H3N8) de gripe das aves

É apenas a terceira pessoa a ser infectada por este subtipo raro de gripe das aves. Apesar do aumento das infecções de gripe das aves, Organização Mundial da Saúde mantém o nível de risco como baixo.

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O aumento de infecções em aves selvagens tem sido mais saliente desde o início de 2022 DIOGO VENTURA

Uma mulher chinesa tornou-se a primeira pessoa a morrer de um subtipo de gripe das aves rara em humanos, afirmou a Organização Mundial da Saúde (OMS). Ainda assim, a estirpe não parece estar a disseminar-se entre outras pessoas.

A mulher de 56 anos da província de Guangdong, no Sul da China, é apenas a terceira pessoa conhecida a ser infectada com o subtipo H3N8 da gripe das aves, adianta a OMS num comunicado publicado na noite de terça-feira.

Todos os três casos em humanos foram registados na China – as outras duas pessoas terão sido infectadas no ano passado.

O Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da Província de Guangdong avançou com a confirmação da infecção desta terceira pessoa no passado mês de Março, mas não deu mais detalhes sobre a sua morte, acrescenta a OMS.

De acordo com o comunicado da OMS, esta mulher de 56 anos tinha várias outras doenças e um histórico de exposição a aves vivas. As infecções esporádicas de pessoas com gripe das aves são comuns na China, onde os vírus circulam regularmente entre as aves de capoeira e as aves selvagens.

As amostras recolhidas no mercado que esta mulher visitou antes de adoecer tiveram um resultado positivo nos testes para a presença do vírus influenza (H3), o que indicia que este pode ter sido o local de contágio, refere a OMS.

Apesar de ser muito raro em pessoas, o subtipo H3N8 é bastante comum em aves, nas quais causa poucos ou nenhuns sintomas de doença. Conforme refere a OMS, além das aves, também já houve casos de outros mamíferos infectados por este subtipo de vírus.

Não houve mais nenhum caso encontrado entre os contactos próximos da mulher infectada.

“Com base na informação disponível, parece que este vírus não tem a capacidade de se disseminar facilmente de pessoa para pessoa e, portanto, o risco é considerado baixo”, salienta a OMS no comunicado.

A monitorização de todos os vírus influenza de gripe das aves é de extrema relevância pela capacidade que estes vírus têm de evoluir e, potencialmente, causar uma pandemia.