Navio de guerra chinês começa exercícios de fogo real perto de Taiwan

A zona dos exercícios fica em Pingtan, o ponto da China mais próximo de Taiwan. Ministério da Defesa taiwanês disse ter detectado três barcos de guerra e 13 aviões chineses em redor da ilha.

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Um navio de guerra chinês dispara munições reais em direcção a alvos em terra durante o exercício militar Reuters/THOMAS PETER
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Comando do Teatro Oriental chinês está a realizar exercícios junto a Taiwan que incluem aviões EASTERN THEATRE COMMAND/Reuters
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Base aérea em Taiwan colocada em prontidão RITCHIE B. TONGO/EPA
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Um homem no ponto turístico das 68 Milhas Náuticas, um dos lugares mais próximos entre o continente da China e Taiwan THOMAS PETER/Reuters
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Uma escultura nas 68 milhas náuticas que representa a unidade THOMAS PETER/Reuters
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Pessoas na zona das 68 milhas náuticas Reuters/THOMAS PETER

Um navio de guerra chinês começou este sábado a fazer disparos com fogo real perto do Estreito de Taiwan, no lançamento dos exercícios militares que Pequim lançou como aviso contra as veleidades das forças pró-independentistas em Taiwan.

O navio de desembarque anfíbio – capaz de transportar soldados e veículos – disparou várias séries de tiros de artilharia na área da baía de Luoyan, na costa da província de Fuquiém, cerca de 50 km a noroeste das ilhas Matsu perto de território controlado por Taiwan.

A China olha para a ilha de Taiwan liderada por um governo democraticamente eleito como parte do seu território e nunca renunciou ao uso da força para recuperar o seu controlo. O Governo de Taiwan rejeita veementemente a reivindicação de Pequim.

Clarões de fumo e chamas eram visíveis na popa do navio à medida que disparava as suas munições em direcção a alvos na terra e no mar. Pesqueiros e cargueiros passavam por perto, afastando-se da zona do exercício.

O navio de guerra não navegou em direcção às ventosas ilhas de Matsu, controladas por Taiwan desde que o Governo da República da China fugiu para Taipé em 1949, depois de perder a guerra civil contra as forças comunistas de Mao Tsetung.

A área é considerada como um provável alvo inicial para Pequim em caso de uma escalada militar.

O Comando do Teatro Oriental da China, um dos cinco comandos do Exército de Libertação do Povo que supervisiona o mar da China Oriental, incluindo o Estreito de Taiwan, afirmou que as patrulhas de prontidão de combate serão conduzidas em torno de Taiwan durante três dias como um “importante” aviso às forças pró-independência em Taiwan e como salvaguarda da integridade territorial da China.

Estão também planeados exercícios a norte, sul e leste da ilha de Taiwan, depois do encontro entre a Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, e o líder da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Kevin McCarthy, quarta-feira, na Califórnia, ter enfurecido Pequim.

Zhao, de 40 anos, que trabalha numa refinaria de petróleo numa vila a sudeste da zona dos exercícios militares disse à Reuters que está habituado a este tipo de exercícios, pois cresceu na cidade costeira de Qingdao.

“Só sou que havia um exercício aqui quando cá cheguei, mas não me surpreende porque temos visto muitos”, afirmou.

Questionado sobre Taiwan, respondeu que tem esperança que os dois lados se “juntem” o mais depressa possível.

Também este sábado, 42 caças chineses cruzaram por um curto espaço de tempo a linha que divide o Estreito de Taiwan. O Ministério da Defesa taiwanês afirmou ter detectado oito navios chineses.

No ponto turístico das 68 Milhas Náuticas, em Pingtan, na província de Fuquiém, um dos pontos mais próximos entre a China e a principal ilha de Taiwan, um estudante universitário de 25 anos, de apelido Chen, disse esperar viver para ver a China recuperar a soberania de Taiwan.

“Pessoalmente espero que possamos recuperar Taiwan pacificamente”, disse. “Os exercícios são apenas para mostrar a nossa força nacional.”

Reuters

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