PSD acusa Governo de não conseguir “estancar” redução de membros das Forças Armadas
Numa intervenção sobre Defesa, o deputado Jorge Paulo Oliveira recordou as polémicas nesta área e concluiu que estas revelam a “progressiva degradação” das Forças Armadas.
O deputado do PSD, Jorge Paulo Oliveira, acusou esta quinta-feira o Governo de não conseguir “estancar a preocupante redução dos efectivos das Forças Armadas”, notando-lhe “enormes dificuldades de recrutamento, retenção e reintegração”. O social-democrata dirigia-se ao Parlamento, onde, numa intervenção sobre Defesa, recordou as polémicas nesta área e concluiu que estas revelam a “progressiva degradação” das Forças Armadas.
“A verdade é inconveniente. E a verdade é que nos últimos sete anos as ocorrências que tem vindo a assolar as Forças Armadas revelam a progressiva degradação a que tem sido sujeita esta estruturante instituição do Estado”, disse o deputado, elencando de seguida as ditas ocorrências — que já incluem a polémica sobre o Mondego.
Segundo Jorge Paulo Oliveira, o Governo é “incapaz de estancar a preocupante redução dos efectivos das Forças Armadas, com enormes dificuldades de recrutamento, retenção e reintegração”, algo que relaciona com o facto de, na passada sexta-feira, ter rejeitado, no Parlamento, “adoptar medidas efectivas de dignificação dos militares, entre elas a sua valorização remuneratória”.
O deputado salienta também que, “ao fim de sete anos de governação socialista”, as Forças Armadas estão “depauperadas nos meios e com um défice alarmante de efectivos”, o que coloca “graves dificuldades aos ramos no planeamento e previsão das missões”, assim como “o normal cumprimento das mesmas”
“Não é aceitável que o Governo continue a não encarar os sintomas de declínio de uma área de soberania tão definidora da dignidade do Estado”, considerou, notando enfim que a “realidade actual na Ucrânia” demonstra que “as Forças Armadas são essenciais”.