Ministra da Defesa: “Casos de indisciplina são intoleráveis, põem em causa o próprio país”
A ministra falava em conferência de imprensa após a reunião europeia que aprovou o novo pacote de armas de apoio à Ucrânia, onde esteve também João Gomes Cravinho, ministro dos Negócios Estrangeiros.
Helena Carreiras, ministra da Defesa, disse esta segunda-feira, em Bruxelas, que “casos de indisciplina põem em causa o próprio país”, referindo-se ao não cumprimento de uma missão por parte de 13 marinheiros há cerca de uma semana e meia.
“Os casos de indisciplina são intoleráveis nas Forças Armadas: põem em causa a coesão, a segurança de todos, o próprio país e a segurança colectiva”, afirmou a ministra em conferência de imprensa após a reunião dos ministros da Defesa e dos Negócios Estrangeiros da União Europeia em que foi aprovado o novo pacote de armas de apoio à Ucrânia. Ao lado de Carreiras esteve também João Gomes Cravinho, ministro dos Negócios Estrangeiros.
Ademais, a ministra reiterou que estão a ser levadas a cabo “investigações” e “averiguações”, pela Marinha e pelo Ministério Público, para apurar os factos da história que envolve a insubordinação de parte da guarnição do NRP Mondego. Questionada sobre o alegado apagamento de provas relativas ao estado do navio, a ministra rejeitou comentar.
“Não me vou referir a detalhes de um caso que está a ser investigado. Vamos aguardar tranquilamente e com calma para que tudo seja analisado com rigor e firmeza e que o Estado de Direito funcione com a proporcionalidade e rigor necessários”, disse.
Esta segunda-feira de manhã, o Ministério Público cancelou as 13 audições que iriam ser feitas pela Polícia Judiciária Militar aos marinheiros que decidiram não embarcar numa missão do NRP Mondego ao largo do Porto Santo.
A defesa dos Marinheiros acusa o chefe da Armada, Gouveia e Melo, de “infracção disciplinar” e defende que a Marinha apagou “indícios de prova” do navio em questão.