A partir de quinta-feira, já se pode “sentir com calma” o Caminho dos Monges que liga Lamego e Tarouca
Trata-se de um percurso pedestre com 41 quilómetros, durante o qual é visível o legado da ordem cisterciense no Vale Varosa. Assenta nos pilares da cultura, património, natureza e gastronomia
Os municípios de Lamego e Tarouca vão, a partir de quinta-feira, ficar ligados pelo Caminho dos Monges, um percurso pedestre com cerca de 41 quilómetros, durante o qual é visível o legado da ordem cisterciense no vale do Varosa.
"Podemos ter um conjunto de experiências ao longo do caminho, que não é para se fazer a correr, sem se apreciar", avançou o vice-presidente da Câmara Municipal de Tarouca, José Damião.
Segundo o autarca, o Caminho dos Monges — que liga estes dois concelhos do distrito de Viseu e assenta nos pilares da cultura, do património, da natureza e da gastronomia — é "para se sentir" com calma.
"E, acima de tudo, para se fazer com a sensação de que estamos noutros tempos, a viver séculos atrás", considerou.
Representando um investimento de mais de 400 mil euros, a empreitada do Caminho dos Monges foi financiada em 65% pelo Turismo de Portugal, através da Linha de Apoio à Valorização Turística do Interior. O restante valor foi assegurado pelos municípios de Lamego e Tarouca.
A partir de quinta-feira, "o percurso pedestre abre ao público para ser usufruído em todo o seu esplendor, com o objectivo de atrair e fixar os turistas no território e, simultaneamente, potenciar o desenvolvimento da economia local", sublinham as autarquias, em comunicado.
Este é o primeiro percurso pedestre de grande rota associado directamente a núcleos arquitectónicos da Ordem Monástica de Cister, situado nas regiões Vinhateiras do Távora-Varosa e do Douro.
Com 21,2 quilómetros no concelho de Tarouca e 19,8 quilómetros no concelho de Lamego, o Caminho dos Monges representa um projecto intermunicipal de ecoturismo cultural, que nasceu da união de esforços dos dois municípios.
Segundo o comunicado, "no total, estão presentes 27 pontos de interesse, só no que respeita a património edificado".
"No entanto, é também através da grande diversidade de fauna, flora, parques ribeirinhos e da possibilidade de degustação das melhores iguarias do território — como são exemplos os espumantes do vale do Varosa, de Tarouca e Lamego, os vinhos do Porto e os vinhos de mesa do Douro — que o Caminho dos Monges se torna um projecto tão enriquecedor", sublinhou.
Para os dias 16 e 23 de Abril estão a ser organizadas caminhadas no concelho de Tarouca e Lamego, respectivamente, que incluem almoço convívio e cuja inscrição é gratuita.