Plano Nacional das Artes quer tornar a escola um pólo cultural

Programa dos ministérios da Cultura e da Educação tem um orçamento de um milhão de euros. Bienal da Cultura Educação, que decorre até Junho, quer uma “festa” pelo país inteiro.

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Paulo Pires do Vale, comissário do Plano Nacional das Artes Daniel Rocha

O Plano Nacional das Artes, promovido pelos ministérios da Cultura e da Educação, propõe tornar "a escola um pólo cultural" e cada "instituição cultural um território educativo", disse esta quinta-feira o seu comissário, Paulo Pires do Vale.

Paulo Pires falava na apresentação do Plano Nacional das Artes (PNA) na presença dos dois ministros, da Cultura e da Educação, respectivamente Pedro Adão e Silva e João Costa, e realçou que o plano visa a "criação de novas centralidades".

O tema da Bienal Cultura Educação, no âmbito do PNA, que decorre a partir deste mês até Junho, é Retrovisor: Uma história de Futuro, na medida em que pretende incluir experiências anteriores neste domínio. "Nós não inventámos a roda, há uma história antes de nós", disse Paulo Pires do Vale.

O PNA tem um orçamento anual de um milhão de euros, inscrito no Orçamento do Estado, repartido pelos dois ministérios.

Em termos de números, a Bienal conta com a adesão de 414 agrupamentos escolares e 332 projectos e a presença de 92 artistas nas escolas, neste ano lectivo, e 440 parceiros. A Bienal foi apresentada por Pires do Vale como uma iniciativa "com os jovens e não para os jovens", referindo que se pretende que "cada estudante seja um agente cultural na sua comunidade".

A programação da bienal, que acontece em todo o país, inclui exposições, espectáculos, concertos, visitas, conferências, oficinas, visando "valorizar a criação e a programação para a infância e a juventude, os artistas, os professores e os mediadores, quer nas instituições culturais, quer nas educativas". A Bienal é "uma festa no país inteiro", disse Pires do Vale.

O Plano começou a ser preparado há quatro anos, tendo realizado, no último ano, sete encontros preparativos. Paulo Pires do Vale salientou que a Bienal visa desenvolver "processos com as comunidades e os territórios" e promover a criação, produção, o acesso e a mediação das artes e do património para e com jovens e crianças, mas também é dirigida aos professores, pais, mediadores e profissionais do sector cultural e educativo.