Duas semanas noutra cidade — sem streaming (XI)

Uma história de transmissão. Delphine Seyrig, Jeanne Moreau, Isabelle Huppert: o feminismo como atitude engagée e como gesto sem escolha. Elas ocupam por estes dias ecrãs e capas de livros.

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Jeanne Moreau e Delphine Seyrig foram atravessaram juntos o deserto e o silêncio, como um murmúrio, mas reencontraram no presente o seu lugar da fala: já desaparecidas, em 2017 e 1990, respectivamente, são contemporâneas do nosso tempo

É de 1983 o terceiro e último filme de Jeanne Moreau. Sim, de Jeanne Moreau, cineasta. A maior actriz do mundo, segundo Orson Welles, ele que a incitou a realizar filmes porque só se é o que se faz, chegava nesse ano, sem planificar obra nem percurso, exactamente como disse que tudo lhe acontecera até aí, chegava, dizíamos, a Lilian Gish. Antes desse documentário/retrato, e desenrolamos agora a vida dos seus filmes ao contrário, houve L’ Adolescente (1979) e Lumière (1976).

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