Ucrânia: tanques Leopard de Portugal estão na Alemanha e prontos a seguir
Os três blindados seguem para a frente de guerra no fim do mês com os do exército alemão.
Os três tanques Leopard 02 A6 que Portugal disponibilizou à Ucrânia já estão na Alemanha prontos para seguir para o território ucraniano até ao final do mês, anunciou esta quarta-feira a ministra da Defesa Nacional.
"Posso informar desde já que os três carros de combate Leopard 02 A6 que nós demos à Ucrânia estão já na Alemanha e estão em boas condições operacionais, estão a ser ajustados para depois serem entregues em conjunto com os 18 carros de combate alemães até ao final do mês", sustentou Helena Carreiras.
A ministra falava pouco antes do início de uma reunião informal dos ministros da Defesa da União Europeia (UE), organizada pela presidência sueca do Conselho da UE, em Estocolmo.
Helena Carreiras acrescentou que esta reunião vai "concentrar-se muito no apoio à Ucrânia".
"Vamos analisar de novo as circunstâncias no terreno e vamos discutir a forma como podemos melhor e mais rapidamente apoiar a Ucrânia, designadamente com a questão do fornecimento de munições."
Pouco antes de a ministra da Defesa de Portugal falar aos jornalistas, o homólogo ucraniano, Oleksiï Reznikov, convidado para participar na reunião, pediu um milhão de munições de grande calibre, com uma distribuição parcelada de "90.000 a 100.000 por mês".
O pedido do governante ucraniano foi secundado pelo ministro da Defesa da Estónia, Hanno Pevkur, que avançou que o fornecimento de um milhão de munições terá um custo aproximado de quatro mil milhões de euros.
Questionada sobre estas declarações, a ministra com a tutela da Defesa pediu cautela.
"Vamos esperar, ver um pouco aquilo que está a ser pensado e discutido [...], envolve a nossa indústria nacional também e estamos de acordo, já o dissemos, com os princípios deste tipo de apoio, designadamente o Mecanismo Europeu de Apoio à Paz, que é um fundo disponível para apoiar este tipo de aquisições conjuntas", referiu.
Sobre a notícia que poderá ensombrar a reunião, a possibilidade de a sabotagem do gasoduto Nord Stream 2, em Setembro do ano passado, ter sido feita por uma organização pró ucraniana, Helena Carreiras preferiu não se pronunciar para já.