Editores portugueses ainda não recorrem a “leitores de sensibilidade”
Polémica em torno da rasura e reescrita de obras de Roald Dahl desperta receios de que o fenómeno chegue a Portugal.
Os anglo-saxónicos chamam-lhes “sensitivity readers”. São pessoas que lêem livros para tentar assegurar que estes não contêm passagens equívocas, implausíveis ou ofensivas para determinados grupos de pessoas. Foi a estes “leitores de sensibilidade” que a editora de Roald Dahl (1916-1990) – autor de Charlie e a Fábrica de Chocolate e de outros livros para crianças que continuam a ser reeditados em dezenas de países – recorreu para expurgar as suas obras de todos os termos potencialmente ofensivos, quer simplesmente rasurando, quer reescrevendo várias passagens. A decisão foi tornada pública no final de Fevereiro e gerou uma controvérsia internacional que continua viva na imprensa e nas redes sociais.
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