Síria diz que ataque israelita deixou aeroporto de Alepo fora de serviço
Segundo ataque a aeroporto no Norte da Síria em seis meses obriga a desviar a ajuda humanitária destinada a locais afectados pelo terramoto de 6 de Fevereiro.
As autoridades sírias acusaram de Israel de um ataque que deixou o aeroporto de Alepo fora de serviço, na madrugada desta terça-feira. Israel não comentou – o país admite levar a cabo ataques na Síria contra armas e forças iranianas mas não comenta acções específicas.
A agência de notícias síria SANA citou uma fonte militar dizendo que as forças de defesa aérea interceptaram mísseis lançados do Mediterrâneo, mas que ainda assim foram causados “danos materiais” no aeroporto.
O Ministério dos Transportes anunciou mais tarde que os voos a chegar a Alepo tiveram de ser desviados para outros aeroportos.
Do Ministério dos Negócios Estrangeiros veio a acusação de este ser um “duplo crime” porque os aviões que iriam aterrar em Alepo traziam ajuda humanitária para as vítimas do terramoto que afectou a Síria e também a Turquia a 6 de Fevereiro (isto apesar de o próprio regime de Bashar al-Assad ter bombardeado localidades afectadas pelo sismo apenas algumas horas depois de este ter acontecido).
Os voos foram desviados para Damasco e Latakia. Entre os dadores internacionais estão o Irão, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Argélia.
O regime sírio diz que foram registadas 1414 mortes nas zonas que controla. Segundo a ONU; morreram mais de 4500 pessoas nas zonas controladas pelos rebeldes que se opõem a Assad.
Este foi o segundo ataque ao aeroporto de Alepo em apenas seis meses, e em Janeiro o aeroporto de Damasco também foi alvo de um ataque. Já em Fevereiro, um ataque no centro de Damasco terá atingido um local onde se reuniam responsáveis iranianos para discutir maiores capacidades de drones ou mísseis para os seus aliados na Síria.
Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, organização ligada à oposição a Assad com sede em Londres, este é o terceiro ataque aéreo de Israel na Síria neste ano. No ano passado, a organização contou 30 ataques.