Chelsea dá a volta ao Borussia, agarrado à “tábua de salvação” da época
Londrinos recuperaram a desvantagem na eliminatória, o que não conseguiam há nove épocas, alcançando “quartos” pelo segundo ano consecutivo.
Em Stamford Bridge, o Chelsea superou o Borussia Dortmund com um triunfo por 2-0, (2-1 na eliminatória), agarrando-se à tábua de salvação de uma época que, apesar de todos os milhões investidos, não tem tido o esperado retorno desportivo.
Obrigado a marcar dois golos — algo que não acontecia desde 27 de Dezembro, quando venceu o Bournemouth —, primeiro pressuposto para evitar um prolongamento, o Chelsea tentou uma entrada à força, assaltando de imediato a defesa do Borussia Dortmund.
João Félix liderou a iniciativa, esforço traído pela súbita desorientação colectiva, bem ilustrada pelas sucessivas acções falhadas de Kovacic, que os alemães agradeceram, aproveitando para assumir o controlo, circular a bola e desferir o primeiro remate com selo de golo. Marco Reus (17’) esteve perto de aumentar para dois golos a vantagem na eliminatória, mas a intervenção soberba de Kepa Arrizabalaga impediu-o.
Borussia que até começou o encontro de Stamford Bridge com uma contrariedade, obrigando Edin Terzic a substituir Julian Brandt, lesionado ao terceiro minuto. O Borussia já tinha provocado um atraso de 10 minutos, justificado pelo trânsito, mas o Chelsea queria recuperar o tempo perdido, ressurgindo depois de um remate de Havertz ao poste.
O atacante alemão dos “blues” marcaria (38’) mesmo, colocando ao ângulo uma segunda bola após grande intervenção de Meyer, mas o golo foi invalidado por posição irregular de Sterling. Os ingleses, que desde 2013/14 (com o PSG) não conseguiam dar a volta a uma eliminatória, estavam de novo em condições de segurar as rédeas.
Koulibaly ainda protelou o golo, falhando de forma incrível (40’), quatro minutos antes de Sterling ter inaugurado o marcador a dois tempos: depois da atrapalhação inicial, o ex-Manchester City não desperdiçou o ressalto. Com mais 45 minutos pela frente, o Chelsea voltou decidido a confirmar o primeiro golo, o que logrou de grande penalidade, a punir mão de Wolf.
O VAR interveio para ajudar a mudar a primeira impressão do árbitro (que já tinha deixado passar uma carga de Emre Can a Havertz, na primeira parte), mas Havertz voltou a mirar no poste. Valeu a violação de área, a dar uma segunda oportunidade ao alemão. Sem tremer, Havertz marcou para o mesmo lado, colocando o Chelsea pela primeira vez em vantagem nos “oitavos”.
Até ao apito final, o Chelsea ainda dispôs de um punhado de ocasiões para evitar o sofrimento dos últimos instantes, mas acabou mesmo por conseguir o triunfo e a passagem.