Rui Nunes: “A civilização é uma aprendizagem do horror da morte”
Ao falar da morte com Rui Nunes, temos de falar da sua desconfiança das palavras. A começar pela palavra “morte”. Ele prefere falar de morto. Porque o morto existe e a morte é uma abstracção.
Em 2022, Rui Nunes escreveu um livro com o título Irradiante, o negro. Nele, um homem vai morrendo, mas nesse processo vislumbra-se uma espécie de luz. É um livro difícil de catalogar, desafiador, como quase tudo o que escreve este homem de 77 anos, formado em Filosofia, ex-professor, que diz que não gosta de fazer frases, que gosta de conversar, de ter hesitações, que aprecia não saber nada muito bem. E que não gosta da palavra morte. Desafiado para falar e pensar o tema, ri e aceita porque acha divertido.
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