O Chelsea esvaziou um pouco o balão da pressão

Vitória tangencial sobre um Leeds United a lutar pela manutenção quebrou ciclo negativo dos “blues”, que jogam uma cartada decisiva na Europa na terça-feira.

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A festa dos jogadores do Chelsea em Stamford Bridge Reuters/PETER CZIBORRA

No final do jogo com o Leeds United, respirou-se fundo em Stamford Bridge. Não foi bem um suspiro de alívio e plena satisfação, mas mais o esvaziar do balão de frustração que se tem apoderado do Chelsea nas últimas semanas. O triunfo foi magro (1-0), mas serviu para os “blues” consolidarem a posição a meio da tabela da Premier League e reduzirem ligeiramente a pressão.

Foi a primeira vitória nas últimas sete semanas, diante de um adversário que luta actualmente pela manutenção. Uma vitória celebrada com sorrisos e abraços que traduziam bem mais do que a simples obrigatoriedade de os londrinos imporem a sua superioridade. E foi uma vitória especialmente importante para Graham Potter, treinador que assumiu o comando técnico em Setembro e tem andado longe de convencer.

Percebe-se porquê: desde que o empresário norte-americano Todd Boehly chegou, o Chelsea gastou mais de 350 milhões de euros no mercado de Inverno, elevando o nível das expectativas que rodeiam um clube habituado a discutir os lugares da frente do campeonato - ou não tivesse um dos melhores plantéis do futebol inglês.

Tem sido difícil montar o puzzle com estas peças de primeira água, porém. Em 25 jogos, os “blues” marcaram... 24 golos apenas e sofreram 25. Para um clube que em 2021 conquistou a Liga dos Campeões e que conta com alguns dos melhores futebolistas da actualidade, há algo que não bate certo. E a pressão é tanta que o golo solitário de Fofana (53’) ao Leeds serviu como uma espécie de bálsamo para Potter.

“É uma vitória importante. Estamos satisfeitos com a vitória, porque estamos a atravessar um período difícil. É muito positivo para os jogadores ganharem e não termos sofridos golos. Dá-nos confiança, numa altura em que temos de preparar-nos para um jogo tremendo, na terça-feira”, declarou o treinador.

O “jogo tremendo” a que Potter se refere é o embate com o Borussia Dortmund, relativo aos oitavos-de-final da Liga dos Campeões. A segunda mão de uma eliminatória que pende para os alemães (1-0) e que decidirá o futuro do Chelsea na Europa. “Se criarmos ocasiões, os golos vão aparecer porque a qualidade dos jogadores está lá.”

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