Essa pequena coisa que se chama Arte continuará a assaltar-nos
Quando falamos ou tentamos falar à volta e com a arte, permanecemos amiúde no território das perguntas. O que pode fazer a arte? Por exemplo, refinar a sensibilidade e, o que já é muito, fazer pensar.
Alguns artistas não desistem de aceder ao espaço público e de neste exprimirem posições, pontos de vista, análise, opiniões mais ou menos provocatórias. O artista chinês e global Ai Weiwei (Pequim, 1957) é um desses artistas. Qualquer leitor que reconstitua o seu percurso em termos de intervenção pública comprovará com facilidade tal asserção. As suas frases produzem um eco – mais ou menos prolongado – na antecâmara que os meios de comunicação de massas ainda representam. Ora, aquelas que proferiu no desafio lançado pelo PÚBLICO para comemorar o 33.º aniversário têm esse condão. Mais do que desencadearem o pensar – que por si não é público – desencadeiam respostas, réplicas, porventura interrogações ou perguntas que encontram o seu sentido precisamente no facto de não terem respostas. Quando falamos ou tentamos falar à volta e com a arte, permanecemos amiúde no território das perguntas.
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