Falcon alugado para traficar droga foi entregue à Força Aérea

A frota de aeronaves da Esquadra 504 é responsável por diversas missões, como o transporte de doentes, de órgãos para transplante e altas individualidades do Estado.

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Aterrou na passada quinta-feira, 23 de fevereiro, no Aeródromo de Trânsito N.º 1, na Portela, o Falcon 900, o novo avião da Esquadra 504 - "Linces", da Base Aérea N.º 6. FAP

O Falcon 900 que aterrou na passada quinta-feira, 23 de Fevereiro, no Aeródromo de Trânsito N.º 1, na Portela, e que vai reforçar a Esquadra 504 - "Linces", da Base Aérea N.º 6, já esteve envolvido em tráfico de droga e foi entregue ao Estado na sequência de uma dívida de 4,8 milhões de euros da empresa OMNI, proprietária da aeronave, à Parvalorem.

A Parvalorem foi criada para ficar com os activos tóxicos do BPN.

Em comunicado, a própria Força Aérea Portuguesa (FAP) explica que “esta nova aeronave vem aumentar a capacidade de transporte estratégico da Força Aérea nas missões de transporte de doentes a grande distância”.

“A aeronave agora recepcionada está em fase de aprontamento operacional, prevendo-se que em breve comece a ser operada pelos Linces”, sublinha a FAP.

A frota de aeronaves da Esquadra 504, explica a FAP no comunicado, estava equipada apenas “com Falcon 50, ao serviço da Força Aérea há mais de 30 anos e responsável por diversas missões de transporte, das quais se destacam o transporte de doentes e de órgãos para transplante”.

Recorde-se que os Falcon também estão ao serviço de altas individualidades do Estado, como o Presidente da República e o primeiro-ministro.

De acordo com a CNN, a entrega da aeronave foi feita após um acordo entre Estado e OMNI, sendo que o Falcon 900 foi de imediato afectado à Força Aérea.

Refere a CNN que os restantes valores que a OMNI ainda deve à Parvalorem serão pagos dentro do plano de pagamentos acordado, que tem sido cumprido até aqui.

Este avião também esteve envolvido em tráfico de droga. Trata-se do mesmo Falcon onde a Polícia Federal do Brasil apreendeu meia tonelada de cocaína em Fevereiro de 2021.

A bordo do avião seguia João Loureiro, ex-presidente do Boavista, que se preparava para viajar, a partir da cidade de Salvador da Baía, com destino a Portugal, cujo envolvimento no caso foi descartado pelas autoridades.

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