Autismo e vacinas: 25 anos após uma fraude científica ainda colhemos esses ventos

Artigo falsificado do britânico Andrew Wakefield foi publicado há 25 anos e provocou uma queda na vacinação das crianças no Reino Unido. Hoje, continua a ser a ignição de negacionistas.

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Desde a primeira vacina, contra a varíola, que há movimentos negacionistas, com a disseminação de informação falsa HANNIBAL HANSCHKE/REUTERS

As manifestações contra as vacinas não são novas e as teorias (da conspiração) de que servem para nos vigiar ou que nos provocam outras doenças existem desde a invenção da própria vacina. Mas, já neste século, as reminiscências de um artigo fraudulento em que se associou o autismo à toma da vacina tríplice (contra o sarampo, papeira e rubéola) continuam presentes a nível mundial: os movimentos antivacinas são, pelo menos, mais ruidosos, as taxas de vacinação têm caído neste século em países como o Reino Unido e a França e há doenças a reemergir em consequência disso, como o sarampo. Uma das faíscas que ainda hoje dão chama a estes movimentos é um artigo publicado há exactamente 25 anos que, mesmo depois de desmentido, continua a alimentar conspirações.

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