Ex-líder parlamentar do PSD Mota Pinto vai retomar mandato de deputado

O deputado já comunicou ao presidente da Assembleia da República e à direcção da bancada parlamentar do PSD que irá retomar o seu mandato na próxima semana.

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Social-democrata Mota Pinto suspendeu inicialmente o mandato em Setembro Nuno Ferreira Santos

O ex-líder da bancada do PSD Paulo Mota Pinto vai retomar o seu lugar de deputado na próxima semana, depois de cinco meses e meio de suspensão de funções, disse à Lusa fonte do grupo parlamentar.

Mota Pinto tinha pedido a suspensão do mandato por cinco meses em meados de Setembro e, a meio de Fevereiro, pediu um prolongamento dessa suspensão por mais duas semanas, prazo que terminou em 24 de Fevereiro.

Na sexta-feira, o professor universitário e antigo juiz do Tribunal Constitucional (1998-2007) comunicou à direcção da bancada social-democrata e ao presidente da Assembleia da República o seu regresso na próxima semana.

De acordo com o estatuto dos deputados, a suspensão temporária do mandato por motivos de natureza familiar, pessoal, profissional ou académica só pode ocorrer por um período de seis meses por legislatura, prazo após o qual o parlamentar tem de retomar funções ou renunciar definitivamente.

Paulo Mota Pinto exerceu funções de presidente da mesa do congresso e conselho nacional do PSD durante toda a liderança de Rui Rio (2018-2022), de vice-presidente do PSD sob a liderança de Manuela Ferreira Leite e foi deputado na XI e XII legislaturas, além da actual.

Em Abril do ano passado (quando já era certa a saída de Rio, mas Luís Montenegro ainda não tinha sido eleito presidente do PSD), Mota Pinto foi candidato único à liderança parlamentar social-democrata, e conseguiu 94% de votos favoráveis.

Menos de três meses depois, em 30 de Junho, um dia antes do início do congresso do PSD que consagrou a nova direcção, Paulo Mota Pinto anunciou que iria convocar eleições antecipadas para a direcção da bancada por ter sido informado por Luís Montenegro que pretendia mudar a liderança do grupo parlamentar. "Estava disponível para exercer o mandato e para colaborar, para me articular, com a direcção do partido", assegurou, então.

O seu sucessor na liderança da bancada do PSD, Joaquim Miranda Sarmento, viria a ser eleito em 13 de Julho com 59% dos votos da bancada.