Montenegro clarificará posição sobre acordos com Chega “quando houver eleições”

Líder do PSD assegurou que deixará clara essa matéria no momento que “considere adequado”, mas diz que não compactuará com partidos “anti-NATO, anti-Europa ou com políticas xenófobas ou racistas”.

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Luís Montenegro, presidente do PSD LUSA/ANTÓNIO COTRIM

O presidente do PSD afirmou que clarificará uma eventual política de coligações pós-eleitorais "quando houver eleições", dizendo que não pactuará com partidos "anti-NATO, anti-Europa ou com políticas xenófobas ou racistas".

Em entrevista ao programa Negócios da Semana, da SIC Notícias, na quarta-feira à noite, e questionado sobre se admite fazer acordos parlamentares ou de Governo com o Chega, Luís Montenegro assegurou que deixará clara essa matéria no momento que "considere adequado", dando a entender que será na campanha eleitoral.

"Na altura em que houver eleições, vou dizer aos portugueses àquilo a que vou, não vou fazer como o actual primeiro-ministro que deu a Portugal um Governo que os portugueses não quiseram", afirmou Luís Montenegro.

E, dirigindo-se directamente para a câmara, acrescentou: "Eu sei que vocês não estão preocupados com o Chega, como eu também não estou. Quando chegarmos à campanha eleitoral, eu vou ser muito claro e há uma coisa que podem saber desde já: eu não vou pactuar com partidos anti-Europa, anti-NATO, pró-Rússia ou partidos que tenham políticas xenófobas e racistas. Mas não vamos antecipar as coisas nem vamos inquinar a nossa mensagem".

Questionado se o Governo terá condições para se manter em funções se o PSD vencer as eleições europeias de 2024, Luís Montenegro voltou a remeter essa avaliação para o Presidente da República.

"Não tenho votos para fazer cair o Governo, admito que se houver uma instabilidade inultrapassável no país, se Governo continuar completamente incapaz, o Presidente da República deverá agir em conformidade. Desejo que isso aconteça? Não, não desejo, desejo que o Governo governe e cumpra o seu programa. Não vejo grande capacidade para o fazer ", afirmou.