Guerra na Ucrânia

Um ano de guerra na Ucrânia em 38 imagens, de Bucha a Mariupol

Em 365 dias, o mundo mudou. Estas são imagens de guerra, terror, medo e resistência. Aviso: algumas fotografias podem chocar.

Crianças com bandeira da Ucrânia brincam na berma da estrada em Bakhmut, zona quente dos combates Reuters/CLODAGH KILCOYNE
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Crianças com bandeira da Ucrânia brincam na berma da estrada em Bakhmut, zona quente dos combates Reuters/CLODAGH KILCOYNE

Na madrugada de 24 de Fevereiro de 2022, a Rússia invadia a Ucrânia com a intenção de um conflito rápido que culminaria numa vitória de Vladimir Putin e no derrube do governo de Volodymyr Zelensky.

Um ano depois, o povo e as forças ucranianas continuam a contrariar os prognósticos iniciais, resistindo ao invasor e até recuperando terreno em regiões como Kharkiv e Kherson, cumprindo as palavras que Zelensky proferiu poucas horas depois do início do conflito: "Quando nos atacarem, verão os nossos rostos. Não as nossas costas, mas os nossos rostos".

Depois de quase 365 dias de conflito, contam-se milhares de baixas dos dois lados. A ONU estima que tenham morrido, até agora, oito mil civis. E os danos infra-estruturais já serão superiores a 50 mil milhões de euros, numa altura em que a guerra não tem fim à vista.

Membros da Guarda Nacional posicionados no centro de Kiev a 25 de Fevereiro de 2022, pouco mais de um dia depois de a Rússia ter iniciado a invasão da Ucrânia
Membros da Guarda Nacional posicionados no centro de Kiev a 25 de Fevereiro de 2022, pouco mais de um dia depois de a Rússia ter iniciado a invasão da Ucrânia Reuters/GLEB GARANICH
O corpo de um soldado sem insígnias, que o exército ucraniano afirma ser um militar russo morto em combate, numa estrada nos arredores da cidade de Kharkiv, Ucrânia, no primeiro dia da invasão, a 24 de Fevereiro de 2022
O corpo de um soldado sem insígnias, que o exército ucraniano afirma ser um militar russo morto em combate, numa estrada nos arredores da cidade de Kharkiv, Ucrânia, no primeiro dia da invasão, a 24 de Fevereiro de 2022 Reuters/MAKSIM LEVIN
Civis ucranianos em Zhytomyr praticam o arremesso de <i>cocktails</i> Molotov para defender a cidade uma semana depois do começo da ofensiva russa, a 1 de Março de 2022
Civis ucranianos em Zhytomyr praticam o arremesso de cocktails Molotov para defender a cidade uma semana depois do começo da ofensiva russa, a 1 de Março de 2022 Reuters/VIACHESLAV RATYNSKYI
Desde o primeiro momento que civis, homens e mulheres, se foram alistando no exército ucraniano para defender o seu território. Na fotografia, voluntários da Força de Defesa Territorial. Um ano depois, os civis ucranianos continuam a alistar-se nas forças armadas, estando a ser treinados um pouco por toda a Europa.
Desde o primeiro momento que civis, homens e mulheres, se foram alistando no exército ucraniano para defender o seu território. Na fotografia, voluntários da Força de Defesa Territorial. Um ano depois, os civis ucranianos continuam a alistar-se nas forças armadas, estando a ser treinados um pouco por toda a Europa. Adriano Miranda
A estação de comboios de Lviv, de onde muitos refugiados ucranianos partiram para outras partes da Europa logo após o início da invasão russa, 1 de Março de 2022
A estação de comboios de Lviv, de onde muitos refugiados ucranianos partiram para outras partes da Europa logo após o início da invasão russa, 1 de Março de 2022 Adriano Miranda
Uma fila interminável de automóveis em Lviv, no Oeste da Ucrânia, para atravessar a fronteira com a Polónia, 28 de Fevereiro de 2022
Uma fila interminável de automóveis em Lviv, no Oeste da Ucrânia, para atravessar a fronteira com a Polónia, 28 de Fevereiro de 2022 Adriano Miranda
Nas horas seguintes ao início da invasão russa, as estradas ucranianas ficaram entupidas com milhares de ucranianos a tentar fugir do país. Na imagem, um engarrafamento em Kharkiv, no Leste da Ucrânia, a 24 de Fevereiro de 2022
Nas horas seguintes ao início da invasão russa, as estradas ucranianas ficaram entupidas com milhares de ucranianos a tentar fugir do país. Na imagem, um engarrafamento em Kharkiv, no Leste da Ucrânia, a 24 de Fevereiro de 2022 Reuters/ANTONIO BRONIC
Um residente do distrito de Obolon, em Kiev, carrega nos braços o seu gato, resgatado do apartamento atingido por um bombardeamento russo, a 14 de Março de 2022
Um residente do distrito de Obolon, em Kiev, carrega nos braços o seu gato, resgatado do apartamento atingido por um bombardeamento russo, a 14 de Março de 2022 Reuters/THOMAS PETER
Com o eclodir da guerra, o Teatro Académico Les Kurbas, no centro de Lviv, foi transformado num abrigo para refugiados ucranianos que fugiram das regiões mais atingidas pela invasão russa, 1 de Março de 2022
Com o eclodir da guerra, o Teatro Académico Les Kurbas, no centro de Lviv, foi transformado num abrigo para refugiados ucranianos que fugiram das regiões mais atingidas pela invasão russa, 1 de Março de 2022 Adriano Miranda
A invasão russa da Ucrânia levou milhões de ucranianos a abandonar o país nas semanas seguintes ao começo da ofensiva. Na imagem, uma lágrima rola pela face de uma jovem a bordo de um autocarro no posto fronteiriço de Siret, na Roménia
A invasão russa da Ucrânia levou milhões de ucranianos a abandonar o país nas semanas seguintes ao começo da ofensiva. Na imagem, uma lágrima rola pela face de uma jovem a bordo de um autocarro no posto fronteiriço de Siret, na Roménia Reuters/CLODAGH KILCOYNE
Sergiy, com várias suturas no rosto depois de ter recebido tratamento médico, na sequência de um ataque com mísseis à sua aldeia de Chuhuhuiv, perto de Kharkiv, a 1 de Abril. A ofensiva provocou-lhe ferimentos na cabeça e dedos perdidos
Sergiy, com várias suturas no rosto depois de ter recebido tratamento médico, na sequência de um ataque com mísseis à sua aldeia de Chuhuhuiv, perto de Kharkiv, a 1 de Abril. A ofensiva provocou-lhe ferimentos na cabeça e dedos perdidos Reuters/THOMAS PETER
Um mulher transporta nos braços o seu gato numa rua de Borodyanka repleta de edifícios destruídos pelos bombardeamentos russos, a 5 de Abril de 2022
Um mulher transporta nos braços o seu gato numa rua de Borodyanka repleta de edifícios destruídos pelos bombardeamentos russos, a 5 de Abril de 2022 Reuters/ZOHRA BENSEMRA
Preparação de novas sepulturas, num cemitério em Irpin, região de Kiev, para as vítimas da invasão russa da Ucrânia, a 18 de Abril de 2022
Preparação de novas sepulturas, num cemitério em Irpin, região de Kiev, para as vítimas da invasão russa da Ucrânia, a 18 de Abril de 2022 Reuters/ZOHRA BENSEMRA
Habitantes de Borodyanka, perto de Kiev, transportam um caixão pelas ruas da cidade, 3 de Março de 2022
Habitantes de Borodyanka, perto de Kiev, transportam um caixão pelas ruas da cidade, 3 de Março de 2022 EPA/ALISA YAKUBOVYCH
Olga abraça o seu namorado, Vlodomyr, na despedida antes da partida para perto da linha da frente, na estação ferroviária de Lviv, a 9 de Março de 2022
Olga abraça o seu namorado, Vlodomyr, na despedida antes da partida para perto da linha da frente, na estação ferroviária de Lviv, a 9 de Março de 2022 Reuters/KAI PFAFFENBACH
A Moldova, um dos países que faz fronteira com a Ucrânia, recebeu milhares de refugiados ucranianos. Na fotografia, as irmãs Aliona e Tatiana Dermenji, que fugiram de Mykolaiv com os filhos e ficaram no Centro de Acolhimento de refugidos em Chisinau, capital moldova, 12 de Março de 2023
A Moldova, um dos países que faz fronteira com a Ucrânia, recebeu milhares de refugiados ucranianos. Na fotografia, as irmãs Aliona e Tatiana Dermenji, que fugiram de Mykolaiv com os filhos e ficaram no Centro de Acolhimento de refugidos em Chisinau, capital moldova, 12 de Março de 2023 Miguel Manso
As ruas das cidades ucranianas transformadas palcos de guerra. Um foguete que não detonou cravado no betão da estrada em frente ao edifício da Administração Regional do Estado, em Kharkiv
As ruas das cidades ucranianas transformadas palcos de guerra. Um foguete que não detonou cravado no betão da estrada em frente ao edifício da Administração Regional do Estado, em Kharkiv Reuters/ALKIS KONSTANTINIDIS
Um soldado ucraniano nas ruas de Kiev, capital da Ucrânia, 30 de Março de 2022
Um soldado ucraniano nas ruas de Kiev, capital da Ucrânia, 30 de Março de 2022 Miguel Manso
Um soldado ucraniano sentado no interior de um tanque, na região de Donetsk, a 11 de Junho de 2022
Um soldado ucraniano sentado no interior de um tanque, na região de Donetsk, a 11 de Junho de 2022 Reuters/STRINGER
Vista aérea de edifícios destruídos na cidade de Irpin, nos arredores de Kiev, a 29 de Abril de 2022
Vista aérea de edifícios destruídos na cidade de Irpin, nos arredores de Kiev, a 29 de Abril de 2022 Reuters/VALENTYN OGIRENKO
Olha despede-se com um abraço da sua neta de seis anos, Arina, antes da evacuação de Bakhmut, um dos principais pontos quentes do combate entre ucranianos e russos na região de Donetsk, Fevereiro de 2023
Olha despede-se com um abraço da sua neta de seis anos, Arina, antes da evacuação de Bakhmut, um dos principais pontos quentes do combate entre ucranianos e russos na região de Donetsk, Fevereiro de 2023 Reuters/STRINGER
Iryna sentado ao lado da sua mãe Raiisa, 75 anos, que morreu por doença na evacuação de Chasiv Yar, em Donetsk, durante um ataque russo, a 12 de Fevereiro de 2023
Iryna sentado ao lado da sua mãe Raiisa, 75 anos, que morreu por doença na evacuação de Chasiv Yar, em Donetsk, durante um ataque russo, a 12 de Fevereiro de 2023 Reuters/MARKO DJURICA
Um memorial em honra de crianças vítimas da guerra permanece junto a um prédio destruído em Dnipro, 20 de Fevereiro de 2023
Um memorial em honra de crianças vítimas da guerra permanece junto a um prédio destruído em Dnipro, 20 de Fevereiro de 2023 António Pedro Santos/Lusa
Vista aérea de um bairro destruído por ataques russos em Mariupol, no sul da Ucrânia, a 3 de Abril de 2022
Vista aérea de um bairro destruído por ataques russos em Mariupol, no sul da Ucrânia, a 3 de Abril de 2022 Reuters/PAVEL KLIMOV
Uma caravana militar de tropas pró-russas viaja em direcção a Mariupol, em Março de 2022. A cidade portuária esteve várias semanas cercada, antes de ser controlada pelas tropas de Moscovo
Uma caravana militar de tropas pró-russas viaja em direcção a Mariupol, em Março de 2022. A cidade portuária esteve várias semanas cercada, antes de ser controlada pelas tropas de Moscovo Reuters/ALEXANDER ERMOCHENKO
Membros das forças armadas ucranianas que se renderam na siderurgia de Azovstal, em Mariupol. Depois de semanas de resistência ao cerco russo, sentam-se num autocarro à chegada a Olenivka, escoltados por militares pró-russos, a 20 de Maio de 2022
Membros das forças armadas ucranianas que se renderam na siderurgia de Azovstal, em Mariupol. Depois de semanas de resistência ao cerco russo, sentam-se num autocarro à chegada a Olenivka, escoltados por militares pró-russos, a 20 de Maio de 2022 Reuters/ALEXANDER ERMOCHENKO
Um homem caminha pelo meio de um bairro de Zaporijjia devastado pelos ataques, 20 de Fevereiro de 2023
Um homem caminha pelo meio de um bairro de Zaporijjia devastado pelos ataques, 20 de Fevereiro de 2023 António Pedro Santos/Lusa
A destruição não se limita às grandes cidades. Sergiy e Lina deixam-se fotografar dentro da sala de estar destruída de sua casa, na aldeia entretanto libertada de Osokorivka, em Kherson, 25 de Outubro de 2022
A destruição não se limita às grandes cidades. Sergiy e Lina deixam-se fotografar dentro da sala de estar destruída de sua casa, na aldeia entretanto libertada de Osokorivka, em Kherson, 25 de Outubro de 2022 EPA/HANNIBAL HANSCHKE
Um grupo de voluntários limpa os escombros de uma casa, destruída durante combates na aldeia de Novoselivka, região de Chernihiv, 29 de Outubro de 2022
Um grupo de voluntários limpa os escombros de uma casa, destruída durante combates na aldeia de Novoselivka, região de Chernihiv, 29 de Outubro de 2022 EPA/OLEG PETRASYUK
As mortes em defesa do território ucraniano não começaram em 2022. Na Igreja de São Pedro e São Paulo, no centro de Lviv, são celebrados os funerais de soldados da região que têm morrido no Donbass desde 2014. No início da nova fase do conflito, a igreja já destacava os rostos e nomes dos militares locais que morreram nos últimos oito anos.
As mortes em defesa do território ucraniano não começaram em 2022. Na Igreja de São Pedro e São Paulo, no centro de Lviv, são celebrados os funerais de soldados da região que têm morrido no Donbass desde 2014. No início da nova fase do conflito, a igreja já destacava os rostos e nomes dos militares locais que morreram nos últimos oito anos. Adriano Miranda
Carrinhos de bebé deixados na rua em Bucha, nos arredores de Kiev, onde as tropas ucranianas encontraram centenas de civis mortos, entre valas comuns e cadáveres nas ruas, Abril de 2022
Carrinhos de bebé deixados na rua em Bucha, nos arredores de Kiev, onde as tropas ucranianas encontraram centenas de civis mortos, entre valas comuns e cadáveres nas ruas, Abril de 2022 Miguel Manso
A mão de Iryna Filkina, uma das vítimas do massacre de Bucha, na região da Ucrânia, em que centenas de residentes terão sido mortos por soldados russos nas ruas da cidade, 2 de Abril de 2022
A mão de Iryna Filkina, uma das vítimas do massacre de Bucha, na região da Ucrânia, em que centenas de residentes terão sido mortos por soldados russos nas ruas da cidade, 2 de Abril de 2022 Reuters/ZOHRA BENSEMRA
A ponte destruída de Irpin, que liga a cidade a Bucha, nos arredores de Kiev, 6 de Janeiro de 2023
A ponte destruída de Irpin, que liga a cidade a Bucha, nos arredores de Kiev, 6 de Janeiro de 2023 Miguel Manso
O corpo de um soldado russo morto em combate em Bucha, nos arredores de Kiev, 4 de Abril de 2022
O corpo de um soldado russo morto em combate em Bucha, nos arredores de Kiev, 4 de Abril de 2022 Miguel Manso
O que restou de um carro destruído no meio de uma estrada em Buca, nos arredores de Kiev, 4 de Abril de 2022
O que restou de um carro destruído no meio de uma estrada em Buca, nos arredores de Kiev, 4 de Abril de 2022 Miguel Manso
Militares ucranianos disparam um sistema de artilharia autopropulsionada 2S7 Pion contra posições russas na linha da frente de Bakhmut, na região de Donetsk
Militares ucranianos disparam um sistema de artilharia autopropulsionada 2S7 Pion contra posições russas na linha da frente de Bakhmut, na região de Donetsk Reuters/STRINGER
Os ataques maciços de mísseis contra a capital da Ucrânia são recorrentes, forçando a população a recolher aos abrigos. Aqui, dançam uma estação de metro durante um ataque russo em Kiev
Os ataques maciços de mísseis contra a capital da Ucrânia são recorrentes, forçando a população a recolher aos abrigos. Aqui, dançam uma estação de metro durante um ataque russo em Kiev Reuters/CLODAGH KILCOYNE