Música
Ana Lua Caiano estreia Mão na Mão, primeiro tema do novo EP a lançar em Maio
É o primeiro single a ser divulgado do novo disco da cantora e compositora Ana Lua Caiano, um EP intitulado Se Dançar É Só Depois com lançamento marcado para 5 de Maio e apresentação pública nesse mesmo mês, numa digressão por várias salas e clubes no país e também na Galiza. Chama-se Mão na Mão e o videoclipe do single foi realizado pela irmão de Ana, Joana Caiano.
Mão Na Mão, segundo o texto que o anuncia, “fala sobre alguém que tem medo de sair do sítio onde está. Apesar da letra da música falar sobre medo, esta pretende também ser uma celebração dos receios, das fraquezas, das inseguranças e é cantada, por isso, em tom de felicidade – um tom de emancipação e de liberdade.” Quanto ao EP, é descrito como “um conjunto de canções rítmicas, dançáveis e energéticas compostas por melodias, coros e harmonias que relembram a tradição portuguesa e se unem a sonoridades experimentais e electrónicas, reflectindo sobre a sociedade.”
A apresentação ao vivo de Se Dançar É Só Depois começará no dia do lançamento do disco, 5 de Maio, na Casa da Cultura de Setúbal. Seguir-se-ão Lisboa (dia 6, Galeria Zé dos Bois), Coimbra (12, Salão Brazil), Porto (19, Maus Hábitos), Vigo (20, Sala Radar) e Torres Vedras (27).
Em Janeiro, na apresentação ao vivo do EP de estreia desta cantora no Musicbox, em Lisboa, escreveu Gonçalo Frota no PÚBLICO, num texto intitulado “Chega o tempo de Ana Lua Caiano”: “O EP Cheguei Tarde a Ontem é de uma límpida visão musical, de quem sabe exactamente como devem soar as suas canções, movidas por um bombo em que se descobre o principal motor rítmico das criações de Ana Lua Caiano e enfeitadas por melodias inventadas pela própria mas que se diria terem sido aprendidas a alguma avó beirã ou inspiradas por algum compêndio de recolhas. Só que depois vêm os sintetizadores, sorvidos provavelmente da audição obsessiva de álbuns dos Portishead ou de Björk, o recurso a objectos do dia-a-dia como copos, chaves ou cadeiras e uma lógica auto-suficiente que empurra as canções para este mundo particular que é muito seu.”