EUA abatem mais um objecto voador suspeito

Acção militar na zona dos Grandes Lagos. É o terceiro incidente desde sexta-feira, e o quarto desde o derrube de um balão chinês ao largo da Carolina do Sul.

Foto
O abate do balão chinês que sobrevoou os EUA, a 4 de Fevereiro Reuters/RANDALL HILL

As Forças Armadas norte-americanas abateram, este domingo, mais um objecto voador suspeito. Desta vez sobre o Lago Huron, no estado norte-americano do Michigan, região dos Grandes Lagos, junto à fronteira com o Canadá. Voava a 20 mil pés de altitude, tinha sido detectado um dia antes a sobrevoar o estado do Montana, e representava um risco de segurança para a aviação comercial. "Por precaução, o Presidente Biden indicou o abate do objecto não identificado", disse fonte militar citada, sob anonimato, pelo Washington Post.

Será o quarto objecto do género a ser interceptado pela aviação dos Estados Unidos no espaço de pouco mais de uma semana.

O Pentágono sublinha a palavra "objecto", explicando que não se trata necessariamente de um balão como o que foi derrubado ao largo da Carolina do Sul, depois de vários dias a sobrevoar território norte-americano, incluindo uma área militar restrita no estado do Montana, e que a China reconheceu ser seu, mas dizendo tratar-se de um aparelho com fins civis.

"Estamos a chamar-lhe objectos, e não balões, por alguma razão", declarou o General Glen VanHerck, citado pela Reuters. O objecto interceptado este domingo por um caça F-16 é descrito como uma "estrutura octogonal" sem qualquer outro equipamento visível a bordo. Os seus destroços ainda não foram recuperados.

Entre sexta-feira e sábado, dois outros objectos, cuja origem não é publicamente confirmada, foram derrubados no Alasca e no território canadiano do Yukon.

Estas acções militares nos céus da América do Norte acontecem num quadro de escalada de tensão entre os Estados Unidos e a China, sendo que a imprensa chinesa noticiou, também este domingo, o avistamento de um objecto voador junto à costa do gigante asiático, no que poderá ser uma acção de retaliação por parte das forças norte-americanas.

O episódio levou o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, a adiar a visita a Pequim que tinha sido planeada e que seria a primeira de um alto dirigente dos EUA desde 2018 à China.

Sugerir correcção
Ler 8 comentários