Primeira-ministra da Moldova apresenta demissão
Gavrilita renuncia ao fim de ano e meio no cargo e de um mandato marcado pela “gestão de tantas crises causadas pela agressão russa na Ucrânia”.
A primeira-ministra da Moldova, Natalia Gavrilita, apresentou esta sexta-feira a demissão, ao fim de apenas ano e meio na chefia do Governo da antiga república soviética.
Numa conferência de imprensa convocada para anunciar a sua renúncia, Gavrilita não ofereceu grandes pormenores sobre a sua decisão, mas lembrou que não esperava que “tivesse de lidar com tantas crises causadas pela agressão russa à Ucrânia”, quando assumiu o posto, em Agosto de 2021.
Vizinha do país invadido pela Federação Russa, a Moldova é um dos Estados da região que mais está a sofrer com os danos colaterais da guerra.
Para além da inflação galopante, que afectou a sua já frágil economia, sofre recorrentemente cortes de energia por causa dos ataques russos às infra-estruturas energéticas ucranianas e devido à decisão de deixar de depender tanto do gás natural russo.
Na visita histórica que fez a Bruxelas, na quinta-feira, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, revelou mesmo ao Conselho Europeu que os serviços secretos da Ucrânia interceptaram informação relativa a um alegado plano que estaria em preparação pela Rússia para atacar e desestabilizar a Moldova.
Governada durante vários anos por políticos com boas relações com o Kremlin, a Moldova encetou num caminho de aproximação à União Europeia quando o Partido da Acção e da Solidariedade (PAS), de Gavrilita, fundado em 2016 pela actual Presidente, Maia Sandu, venceu as legislativas de Julho de 2021.
Em Junho do ano passado, o país foi aceite pelos 27 como candidato oficial à adesão à UE, a par da Ucrânia.
Com novas eleições legislativas apenas previstas para 2025, cabe agora a Sandu nomear um novo chefe do Governo.
Com agências