Apenas 17 dos 435 comboios que estavam previstos circular entre a meia-noite e as 10h da manhã desta sexta-feira estiveram ao serviço, em mais um dia de greve no sector ferroviário com impacto significativo na população.

De acordo com a informação prestada ao PÚBLICO por fonte oficial da CP - Comboios de Portugal, estava prevista para esta sexta-feira até às 10h a circulação de 435 comboios da empresa, mas acabaram por ser suprimidos 418, devido à paralização de maquinistas, revisores, bilheteiras e chefias.

Este é já o terceiro dia consecutivo em que as greves no sector ferroviário têm afectado a circulação de comboios. No caso dos revisores, das bilheteiras e das chefias a greve convocada pelo Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI) para esta sexta-feira tem uma duração de 24 horas.

Por sua vez, os trabalhadores com as categorias de maquinista ou maquinista técnico cumprem, até ao dia 16 de Fevereiro, uma greve à prestação de trabalho a todos os períodos normais de trabalho diários que tenham a duração prevista superior a 07h30.

Em declarações à Lusa na quinta-feira, António Domingues, do Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ), explicou que a greve tem vários parâmetros e não foram decretados serviços mínimos.

A CP tem na sua página de internet um alerta aos passageiros para perturbações na circulação até dia 21 de Fevereiro.

"Por motivo de greves, convocadas pelos Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ), Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Setor Ferroviário (SNTSF) e Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), ocorrerão fortes perturbações na circulação de comboios, a nível nacional, no período entre as 00h do dia 08 de Fevereiro de 2023 e as 24h00 do dia 21 de Fevereiro de 2023", alerta a empresa.